Prezado amigo e internauta,
Estou tomando a liberdade em
disponibilizar este material para que tenhas conhecimento e faças uma minuciosa
apreciação de sua importância.
O estado de Rondônia pode aumentar em
até cinco (5) vezes sua produção de pescado, com a mesma área que hoje vem
sendo utilizada, simplesmente com uma
injeção de tecnologia, em diversos níveis, que implique diretamente no aumento da
produção através do acréscimo de produtividade.
Enquanto o piscicultor do estado de
Rondônia não for contemplado com a implementação de um Programa de Governo
voltado para a utilização de tecnologia pesqueira e gerencial, capaz de atender
suas reais necessidades, este produtor não abrirá o sorriso e continuará a
pagar um preço muito alto para produzir pescado e aferir o maior lucro para os
intermediários, em detrimento dos extremos: aquele que produz e o consumidor
final.
Para
o presidente do CREA-RO, engenheiro Nélio Alencar: ... ‘o melhor investimento que um administrador
deve fazer para alcançar a excelência na eficiência e na eficácia de governança
é na qualificação técnica de seus servidores e colaboradores. Quando o
administrador é o governo do Estado, este não deve pensar duas vezes em
investir em tecnologia e na melhoria do setor produtivo, através da
qualificação técnica de recursos humanos, com vistas à verticalização da
produção, na certeza em atingir uma melhoria na qualidade do produto obtido, com aumento de produtividade, sem ser necessário
aumentar a área utilizada’.
Visto por esta ótica, torna-se
necessário que o Governo se conscientize de seu papel na condição de agente indutor
de tecnologia e de políticas públicas para fortalecer os esteios da cadeia
produtiva do pescado e que seja implementada uma política de assistência
técnica de qualidade capaz de difundir tecnologia de pesca, do pescado e
aquícola, com vista a melhoria da qualidade da água, através de Produtos
Biológicos e de Probióticos, complementada com a verticalização da produção do
pescado.
Com o advento da implementação de um PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
PARA OS SETORES PESQUEIRO, AQUÍCOLA E EXTRATIVISTA, incluindo uma Linha de
Qualificação Tecnológica para apoiar o setor produtivo primário, no que tange à
piscicultura, em nível estadual, suficiente para dar uma injeção de ânimo e de tecnologia,
em níveis de produtor rural e de piscicultor, para que ocorra conscientização da importância da tecnologia pesqueira e
gerencial, para serem implementadas nos mais diversos aspectos da atividade
aquícola, em níveis das propriedades rurais e familiares.
Para tanto, trata-se de uma gama de
tecnologia que será recomendada para a aquicultura, com especial utilização na
piscicultura (peixe) e na carcinicultura (camarão) que possibilita o aumento de
produção e de produtividade por área cultivada — implicando no aumento da
produção, em até 10 vezes, sem ser necessário aumentar a área alagada, através
da utilização de BOAS PRÁTICAS NO
CULTIVO DE PEIXE E CAMARÃO COM O USO DE PROBIÓTICOS, em criação em viveiros
ou reservatórios artificiais (escavados), criação em tanques-rede, complementadas
com Produtos Biológicos e com a utilização em fluxo contínuo (RACEWAY) e
cultivo com circulação e renovação de água (RAS), com o uso dos potentes e
diversificados tipos de aeradores.
A média da produtividade dos projetos
de camarão (Litopenaeus vannamei) no nordeste do Brasil está em torno de 4,0 ton/ha/camarão,
a cada 95-115 dias, enquanto na maioria dos países asiáticos os carcinicultores
estão atingindo uma produtividade entre 20 a 22 toneladas/ha/ciclo, com três
safras, durante um período de dose (12) meses.
SISTEMA DE CRIAÇÃO DE PEIXES EM
VIVEIRO
BARRAGEM E ESCAVADO
A
piscicultura em Rondônia teve início, de forma incipiente, com o aproveitamento
de coleções de águas (reservatórios de água construídos pelos primeiros colonos
que aqui chegaram), no sistema de viveiro de barragem, destinados a atender as
necessidades de água para uso doméstico e para o rebanho bovino.
Estes
reservatórios permaneceram durante muito tempo somente para estes fins
mencionados e somente a partir de 1978, com a chegada de um grupo de seis (6)
profissionais graduados em Engenharia de Pesca, provenientes do estado do
Ceará, a ASTER-RO, hoje EMATER-RO, deu os primeiros passos no sentido de
desenvolver a piscicultura — quando foram elaborados os primeiros projetos técnicos
e desenvolvidas ações para que alguns produtores e pecuaristas povoassem as
primeiras barragens, coleções de água em domínio privado e em viveiros
escavados —, com alevinos de espécies de peixes regionais, capturados em diversos
rios e criadouros regionais e importados dos estados do Pará e Goiás.
Hoje, após um longo período de
dificuldades, com altos e baixos, o estado de Rondônia se desponta como um
potencial significativo de produção de pescado, revelado pela projeção de estatística
governamental, na safra 2014/2015, em torno de 100.000 toneladas/pescado, ocupando,
assim, o topo do ranking do Brasil, como o Estado maior produtor e exportador de
pescado, em nível nacional.
SISTEMA DE CRIAÇÃO DE PEIXES EM
TANQUES-REDE
O SISTEMA DE CRIAÇÃO DE
PEIXES EM TANQUES-REDE é um método seguro e eficiente de se aproveitar
racionalmente coleções de águas improdutivas para produção de alimento, com
geração de emprego e renda, inclusão social, segurança alimentar e preservação
dos recursos pesqueiros.
Figura 01: Infraestrutura física de um Projeto
de Tanques-rede implementado
na sub bacia hidrográfica do
baixo rio Candeias.
No estado de Rondônia, o SISTEMA DE CRIAÇÃO DE
PEIXE EM TANQUES-REDE, desenvolvido por iniciativa do Centro Nacional de
Desenvolvimento Sustentável – CNPT/IBAMA-RO, na Sub bacia hidrográfica do baixo
rio Candeias, no município de Candeias do Jamari, e, depois, ampliado em
caráter produtivo-comunitário, através da Centrais Elétricas de Rondônia S.A –
ELETRONORTE e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental –SEDAM, em
apoio à Colônia de Pescadores de Candeias do Jamari, replicado nos municípios
de Costa Marques, no rio Guaporé, e de Guajará-Mirim, no rio Pacaas Novos, quando
provou a viabilidade técnica, econômica, ambiental e social que este sistema
tem tudo para atender as necessidades proteicas da população.
Para que se possa analisar e
concluir os resultados alcançados com o Sistema Intensivo de Tambaqui em
tanques-rede, no município de Candeias do Jamari, onde implementou um Projeto
Comunitário Unidades Produtivas Comunitárias de Criação de Tambaqui em
Tanques-rede chegou-se aos seguintes resultados:
Em um viveiro com as dimensões 5,0 m x 5,0 x
2,0 m, totalizando 50 m³, com uma produtividade de 6.000 kg/tambaqui, no
período de 10 meses de cultivo.
SISTEMA DE FLUXO CONTÍNUO (RACEWAY)
A piscicultura de Rondônia
pode atingir a sua capacidade produtiva máxima sustentável com a adoção do
Sistema de Fluxo Contínuo, conhecido com Raceway, cujo princípio se fundamenta
no abastecimento contínuo no tanque ou viveiro de cultivo.
Este sistema de cultivo
deve ser construído que possibilite evitar qualquer água estagnada, e, assim,
evitar a decomposição de detritos e fezes, com produção de gases e consequente
deterioração da qualidade da água e surtos de doenças e mortes de animais.
SISTEMA DE RECIRCULAÇÃO DA ÁGUA (RAS)
A piscicultura de Rondônia
pode atingir a sua maioridade e se consolidar como atividade tecnificada, superintensiva,
através de tecnologia com Sistema de Recirculação da Água (RAS). Isto pode
ocorrer quando a piscicultura utiliza o Sistema de Recirculação da Água (RAS),
conhecido com o nome de Recirculating Aquaculture Sistem, quando a água após
passar pelo viveiro de produção, devendo receber o nome de efluente, é tratada
em decantador, conhecido como tanque mecânico ou como filtro-físico-biológico,
e esta água tratada retorna ao viveiro de recria ou engorda para que tenha o
reuso, através de bombeamento.
Este
evento que estará sendo
ministrado no estado de Rondônia é o somatório de ações e de preocupações que
buscam a consolidação da piscicultura no Estado, através da introdução de
tecnologia aquícola, como o uso de Produtos Biológicos e Probióticos com
perspectiva de até triplicar a produção de pescado, com a mesma área e com o mesmo
volume de água disponível na piscicultura, em nível estadual.
RONDÔNIA NO CICLO DO CAMARÃO
Neste Curso
Técnico: BOAS PRÁTICAS NO CULTIVO DE PEIXE E CAMARÃO COM O USO DE PROBIÓTICOS, o Conteúdo
Programático terá a participação de vários profissionais com experiência em
peixe e camarão na Amazônia e que será
ministrado em Porto Velho, capital de Rondônia, como iniciativa do CREA-RO e
com o apoio da CEPLAC-GERO, do Sistema FECOMÉRCIO; Sistema OCB/SESCOOP; Governo
de Rondônia e Banco da Amazônia S.A – BASA, que se realizará no período de 19 a
24 de setembro de 2016, na cidade de Porto Velho, no Auditório da
CEPLAC-GERO, quando os participantes do
evento terão oportunidades em apreender as técnicas de preparação e
implementação de um Projetos de criação de peixes e camarão em diversos sistemas
produtivos, em sua propriedade, através
de aulas teóricas e práticas.
Este
Curso Técnico será
ministrado por profissionais com graduação em Engenharia de Pesca, com
Especialização e Mestrado em piscicultura e carcinicultura (peixe + camarão) e
com Doutorado em Produção Animal.
PENSAMENTO TÉCNOLOGICO
Rondônia está realmente necessitando
de uma injeção de ânimo e de tecnologia para que os piscicultores possam abrir
o sorriso com o lucro que a piscicultura é capaz de oferecer e esta atividade se
desponte como promissora e passe a oferecer os frutos prometidos para os
produtores rurais e empresários que acreditaram e investiram de cabeça na
criação de peixes no estado de Rondônia.
Antônio de Almeida Sobrinho escreve
semanalmente nos seguintes Portais de Notícias:
www.rondoniagora.com.br
e no Blog ESPINHA NA GARGANTA.
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