sexta-feira, 30 de novembro de 2018

TEMPO PARA TUDO: TEMPO PARA CRIAR E TEMPO PARA BENEFICIAR


O tempo é realmente o “senhor da razão” e sempre foi e continuará sendo o melhor contador de histórias: daquelas que deixam saudades, que fazem muita falta e nos fazem analisar, refletir e concluir que o trabalho materializa épocas, consagra ideias e não resta outra saída senão o de tentar repetir tudo outra vez.

Pescado no tanque de salga e no defumar.

            Como tudo começou? Com a advento dos primeiros trabalhos de pesca e piscicultura, no então Território Federal de Rondônia, nos idos de 1978, através da ASTER-RO, hoje EMATER-RO, uma equipe de cinco (5) Engenheiros de Pesca se emprenharam nas trilhas das Comunidades Pesqueiras Tradicionais ribeirinhas e navegaram dias e noites nos principais rios e tributários da bacia hidrográfica do então Território Federal, com o objetivo de prestar assistência aos principais pescadores da região, nos aspectos técnicos e sociais.


            Por um lado, um equipe composta por profissionais Engenheiros de Pesca, recém graduados e contratados pela então ASTER-RO, através do então Governo do Território Federal de Rondônia, egressos da UFC, do estado do Ceará, enquanto, por outro, uma equipe de assistentes sociais faziam os atendimentos as esposas e aos familiares dos pescadores ribeirinhos.

            Durante muitos anos, desenvolveu-se um trabalho em dotar as principais comunidades pesqueiras ribeirinhas de Rondônia de um Sistema de Infraestrutura, sob o título de: “Unidades Produtivas Comunitárias para Processamento de Pescado, compostas por: i) Salgadeira Artesanal; ii) Mesas para Beneficiamento do Pescado; iii) Tanques-de-cura; iv) Secador Solar; v) Defumador Metálico Indireto; vi) Defumador de Alvenaria Indireto; vii) Estendais e seguidos de centenas de Cursos de Tecnologia do Pescado, sob os títulos de: Conservação e Beneficiamento do Pescado; Aproveitamento Artesanal de Desperdícios do Pescado e Culinária Regional à Base de Pescado.
            Estas Unidades Produtivas foram instaladas nos seguintes municípios:
·         PORTO VELHO: Na então Cachoeira do Teotônio, junto à Comunidade Pesqueira de Jatuarana, e no então Lago do Cuniã, hoje Reserva Extrativista Lago do Cuniã – CNPT-RO/IBAMA-RO, hoje ICMbio;
·         GUAJARÁ MIRIM: Distrito de Surpresa, em parceria com o IBAMA-RO/CNPT-RO.

Durante vários anos foram desenvolvidos dezenas de significativos Cursos de Qualificação Técnica — trabalhos de tecnologia do pescado, tendo como objetivo capacitar um contingente de pescadores e familiares sobre as técnicas de beneficiamento e conservação do pescado — tudo isso impulsionado pela excessiva oferta de pescado proveniente de nossos rios e tributários e a fim de oferecer as famílias de pescadores ribeirinhos, residentes em comunidades isoladas, sem energia elétrica e sem infraestrutura para beneficiar sua produção de pescado, tecnologia de pesca, do pescado e gerencial para verticalizar e conservar sua produção diária de pescado a fim de conservar por longos períodos.

Hoje, decorridos 40 anos, aquela fartura de peixes, quando capturávamos peixes com as mãos e até com o chapéu, nos rios e tributários de Rondônia não existem mais, tudo passou e tudo acabou. E, agora, você?
Parafraseando o velho Drummond de Andrade: e, agora, João? O rio ainda existe, e o peixe onde está? Com o anzol na mão, quer pescar o peixe, mais o peixe não há. E, agora, João?

Agora, o quadro se inverteu e os peixes de nossos rios sumiram, vítimas da pesca predatória e do próprio tempo que se encarregou em dizimar os estoques pesqueiros que nadavam contra as correntezas em busca de alimento e de se defender de densos cardumes de peixes carnívoros e de atividades antrópicas que também contribuíram para que tudo isto ocorresse.

Com o surgimento e o desenvolvimento da atividade da piscicultura, em nível estadual, o estado de Rondônia se transformou no segundo maior polo produtor e exportador de pescado do Brasil, e, assim, atingindo o topo da produção de pescado como o maior produtor mundial de tambaqui (Colossoma macropomum, Cuvier, 1818) e de pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ), uma posição de destaque que enche de orgulho o setor primário e a nossa atividade aquícola.

“Com o anzol na mão e peixes não hão”.
Desde que se iniciaram os primeiros trabalhos de pesca e aquicultura no então Território Federal de Rondônia e, depois, no atual estado de Rondônia, que diagnósticos e prognósticos e demais relatórios foram feitos e revelados sobre vários aspectos, obedecendo  necessariamente esta ordem:

PRIMEIRO DIAGNÓSTICO: Em 1978, com o início dos trabalhos de piscicultura em Rondônia, afirmou-se que no prazo de até 20 anos 60% dos igarapés do então Território Federal de Rondônia estariam mortos, vítimas do desmatamento  ciliar, das queimadas e de construção de diques e de barragens em locais impróprios. Este texto foi inserido no Diagnóstico Ambiental da Pesca, Piscicultura e Extrativismo de Rondônia.

CONSTATAÇÃO: Se fossem realizados diagnósticos ambientais criteriosos para se detectar os verdadeiros motivos da morte de nascentes e de igarapés em toda malha hidrográfica do estado de Rondônia — com certeza, cerca de 70 a 80% já não mais existem, tendo como responsáveis diretos:

·     o próprio Governo do Estado que facilitou a implementação de centenas de pequenos e médios projetos de piscicultura, em desacordo com a legislação ambiental vigente, a fim de facilitar a situação dos eleitores, em diversos níveis;

·  os proprietários de terras, os agricultores e os piscicultores que não vem cumprindo seus compromissos ambientais e vem atuando na contramão dos dispositivos constitucionais ambientais, com os Relatórios de Monitoramento Ambientais (RMA) vencidos e com Licenças Ambientais não renovadas;

·  a omissão de determinada Empresa de Consultoria e de prestadores de assistência técnica que só se preocupam em lucros imediatos e acabam por deixarem  sempre seus clientes a ver navios;

·   o descaso do poder público — aí estão inclusos os poderes municipal, estadual e federal  em não cobrar com maior rigor os monitoramentos dos licenciamentos ambientais, em todos os níveis das atividades primários e, em especial, daquelas que se utilizam dos recursos hídricos;

·     a negligência do Governo Estadual que tem a incumbência em prestação de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural em piscicultura, através da EMATER-RO, e por falta de pessoal, em quantidade e em qualidade, se omite ou faz de conta que faz e — quando presta a demandada assistência técnica —, não atende plenamente as necessidades que a atividade aquícola requer.
Seria como dotar os hospitais do Estado de profissionais com formação em Enfermagem para responder como médicos no atendimento dos pacientes.   

SEGUNDO DIAGNÓSTICO: Em 1991, quando da elaboração e publicação do Sistema de Produção para Criação de Tambaqui no Estado de Rondônia, se afirmou que o estado de Rondônia tem uma verdadeira inclinação para a piscicultura e tem tudo para se tornar o maior polo produtor e exportador de pescado do Brasil.

CONSTATAÇÃO: Após 27 anos desta afirmação, o estado de Rondônia se transformou no maior produtor de pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ, 1822) e tambaqui (Colosssoma macropomum, Cuvier, 1818) mundial, e o segundo maior produtor de pescado no ranking nacional, com uma produção em torno de 90 mil toneladas de pescado, safra 2016/2017, de acordo com projeções do Governo.
   
RONDÔNIA URGENTE
Contingente de piscicultores e interessados que se 
qualificaram em aquicultura em Rondônia.

O estado de Rondônia se ressente de um trabalho voltado para a qualificação profissional, no âmbito da tecnologia do pescado, capaz de levar tecnologia do pescado para o setor produtivo aquícola, em nível Estadual.

Neste sentido, estamos trabalhando para oferecer alternativas tecnológicas em todos os níveis, municipal, estadual e federal e, assim, oferecer uma gama de tecnologia pesqueira, do pescado, aquícola e gerencial, a curto e médio prazos, para que o setor produtivo pesqueiro possa dispor de alternativas múltiplas para:

· estimular e viabilizar a implementação de agroindústria para beneficiamento e conservação do pescado, em nível da propriedades rurais e de fazendas aquícolas;

·   promover a qualificação técnica em beneficiamento, salga, secagem e defumação do pescado e, assim, viabilizar a verticalização do pescado;

·  dotar as propriedades rurais e aquícolas de infraestrutura para desenvolver a verticalização da produção de pescado, com maior aproveitamento de matéria prima e incremento na receita líquida familiar;
·   oferta de proteína de pescado à população — no sistema de pescado beneficiado, nos moldes peixe sem espinha, picadinho de pescado e introdução desta proteína na merenda escolar;

·      aproveitamento de desperdícios para o fabrico de ração para pescado e outros animais;

·      incentivar o consumo de pescado, em nível regional e nacional;

·      agregar valor ao produto e oferecer maiores receitas para o piscicultor.

CONSTATAÇÃO: É difícil para todos nós profissionais que deram os primeiros passos na piscicultura em Rondônia se constatar que:
Elo da corrente mais frágil.

·      de todos os elos da corrente que compõem a atividade da piscicultura em Rondônia a figura do piscicultor — é na verdade o ELO DA CORRENTE mais frágil,  e é aquele que mais trabalha e é o mais fragilizado e é o que menos é remunerado;

·   quem está criando peixe no estado de Rondônia não tem o domínio sobre as técnicas de conservação do pescado;

Tambaqui sem espinha.

·   quem produz o pescado em Rondônia não dispõe de infraestrutura técnica para beneficiamento e conservação do pescado;

·     quem produz o pescado em Rondônia está nas mãos dos intermediários e estes últimos são beneficiados com o maior percentual do lucro da produção;

·   que o Estado na condição de um péssimo gestor da coisa pública não oferece meios para mudar o atual quadro de penúria e esta situação tende a se agravar, continuamente;

·   que a EMATER-RO, agora como autarquia governamental e o braço direito do Governo de Rondônia junto aos serviços de ATER — único órgão responsável pela extensão rural e prestadora de serviços de extensão aquícola – assistência técnica sobre piscicultura, nos 52 municípios de Rondônia — que desenvolvem a atividade de criação de peixes, não dispõe de profissionais com formação em Engenharia de Pesca em número suficientes para atender a demanda insatisfeita por tecnologia de ponta — adequada e em níveis satisfatórios para suprir as necessidades dos setores produtivos;

· que um significativo contingente de profissionais graduados  em Engenharia de Pesca, egressos da Fundação Universidade Federal de Rondônia — UNIR, em torno de 30 EP, aptos e ociosos, poderiam ser contratados através do Novo Governo que se instala a partir de primeiro de janeiro de 2019, a fim de suprirem as necessidades prementes em todos os 96 Escritórios da EMATER-RO, em operação em todos os municípios e principais Distritos de Rondônia, através de um Edital Emergencial, a exemplo do + MAIS MÉDICO, que está ocorrendo em nível nacional. 

TECNOLOGIA DO PESCADO
Em termos comparativos, a importância das proteínas do pescado se equiparam a de outros produtos de origem animal, no que tange a aminoácidos, além de conterem todos os que são considerados essenciais, a exemplo da valina, alanina, lisina, isoleucina, metionina, treonina, triptofano, histinina, fenilalanina e leucina.
PAPEL DO PESCADO NA DIETA HUMANA

Culinária regional à base de tambaqui na brasa.

Quando se refere aos componentes químicos do pescado, lembra-nos o alto valor biológico de suas proteínas.  Apesar de conhecermos os constituintes mais importantes encontrados no alimento, provenientes do músculo do pescado, pode-se, também, citar outros elementos de menores importâncias, porém, vitais para uma boa alimentação, tais como:

Como produto rico em sais minerais, vitaminas e gorduras, o pescado é considerado como alimento de alto valor nutritivo para as diversas fases da vida, passando pela infância, adolescência, maturidade e a velhice. 

Antônio de Almeida Sobrinho prestou consultoria técnica junto aos seguintes organismos nacional e internacional:

·         CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico — de 1998 a 2000, na condição de Consultor DTI, junto ao Governo do Estado de Rondônia e responsável técnico por difusão de tecnologia do pescado, em nível Estadual;

·         PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento — de 2000 a 2002, na condição de Consultor Técnico, junto ao CNPT/IBAMA, com relevantes serviços prestados a vários estados da Região Norte, com destaques para Rondônia, Acre e Amazonas.
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Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca (UFC-CE); Pós-Graduação em Tecnologia do Pescado (Lato sensu) pela  (FAO/UFRPE e MAPA); Pós-Graduação (Lato sensu) em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira pela (UNIR/CREARO); Pós-Graduação (Lato sensu) em Metodologia do Ensino Superior – UCAM-MG (Conclusão) e tem Pós-Graduação (Stricto sensu), em nível de Mestrado, em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela (UNIR).
Antônio de Almeida Sobrinho escreve semanalmente neste Portal de Notícias.

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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

MORTANDADE DE PEIXES NO GUAPORÉ: RIO SÃO MIGUEL COM SUSPEITA DE USO DE AGROTÓXICO


Foto:Jornal Correio do Vale, de 11 de novembro de 2018.


MORTANDADE DE PEIXE EM RONDÔNIA

No município de São Francisco do Guaporé, a 631 km de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, uma mortandade de peixes deixou a população do Distrito de Porto Murtinho, no rio São Miguel, afluente do rio Guaporé, em verdadeira preocupação  que, de acordo com moradores da região suspeitam de atividades incorretas de descartes de resíduos de agrotóxicos de produtores da região.

VEÍCULOS QUE DIVULGAM A MORTANDADE

Estas informações foram amplamente veiculadas, através do Jornal Correio do Vale e através das redes sociais e  no aplicativo do  WhatsApp — quando mostra a dimensão da mortandade de centenas de exemplares de peixes nobres da região mortos e revelam a preocupação e o desespero da população de usuários e de habitantes do Vale do Guaporé — que se alimentam de exemplares de peixes da ictiofauna da região e que têm a água como fonte de abastecimento para beber, preparar alimentos e para uso indireto, uma vez que esta contaminação põe em risco a saúde de toda a população.

USUÁRIOS ESTÃO APAVORADOS

De acordo com usuários dos recursos hídricos e que se alimentam de peixes dos rios e afluentes do rio Guaporé, com a paralisação da pesca artesanal e do uso da água para beber e desempenhar atividades domésticas e complementares, o prejuízo é incalculável e isto ocorre num momento de grandes dificuldades, sem exceção, para os pescadores ribeirinhos e para a população, em geral, que apela para o poder público para que   encontrem uma solução para equacionar o grave problema.

CONTATO 'IN LOCO' COM A REALIDADE

Homens trabalhando com agrotóxico

Em contato com usuários da região, fomos informados de que  ninguém tem certeza sobre as causas da mortandade de peixes e atribuem aos efeitos de agrotóxicos — utilizados provavelmente por pequenos e médios empresários que desenvolvem agricultura familiar e em nível empresarial.

Para tanto, estarei fazendo um esforço muito especial e privado para visitar ‘ao vivo e a cores a dimensão desta tragédia ambiental’ e neste feriadão estaremos visitando o rio São Miguel — não para pescar, a exemplo de algumas vezes anteriores, porém, para conhecer, dimensionar e coletar maiores informações para contribuir para a solução deste problema — que em nossa ótica se constitui como muito grave e que requer uma medida enérgica por parte do poder público que tem a obrigação de zelar pela qualidade de nosso meio ambiente para as presentes e futuras gerações.

POSSÍVEIS CAUSAS

HIPÓTESE Nº 01: 

Caso existam na área de drenagem da sub bacia hidrográfica do rio São Miguel, tributário do rio Guaporé,  algum agricultor que desenvolva a monocultura da soja ou do milho, com certeza, este estará usando algum produto agrotóxico  e o órgão ambiental competente deverá focar suas investigações para o uso indiscriminado ou manuseio indevido (lavagem) de vasilhames no leito do próprio manancial hídrico;

HIPÓTESE Nº 02: 

Caso existam na área de drenagem da bacia hidrográfica do rio São Miguel, tributário do rio Guaporé,  alguma agroindústria, como por exemplos: laticínio; frigorífico; curtume de pele de animal; etc, é muito provável que de alguma forma estejam sendo despejados algum tipo de efluente, sem tratamento, diretamente no leito do próprio manancial, mencionado anteriormente;

HIPÓTESE Nº 03: 

Para se evitar especulações e hipóteses sem nenhuma comprovação científica, recomenda-se que o órgão ambiental monte uma equipe multidisciplinar para se deslocar e conhecer “in loco”  onde ocorreu a mortandade de peixes — para se coletar e, posteriormente, estudar exemplares de peixes, arraias e aves que estão morrendo, constantemente, vítimas nesta mortandade de animais, sem precedentes na história do rio São Miguel e nos rios e tributários do Vale do Guaporé.

COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA

Somente após a realização das análises técnicas e científicas e as averiguações sobre as possíveis causas que levaram a tamanha mortandade de animais — o órgão competente terá um laudo técnico com as respostas que todos estão curiosos e preocupados para se descobrir e, somente a partir, daí, punir com os rigores da Lei o (s) culpado (os), caso se comprove uma possível negligência.


QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS AGROTÓXICOS?

Na classificação para os pesticidas, depende da cultura e da praga que se pretende combater:


·         Bactericidas, são pesticidas utilizados no controle de bactérias nocivas ao plantio;

·         Inseticidas, no controle de insetos;

·         Herbicidas, no controle de ervas daninhas;

·         Fungicidas, no controle de fungos.



Tenham todos um bom dia.

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Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca (UFC-CE); Pós-Graduação em Tecnologia do Pescado (Lato sensu) pela  (FAO/UFRPE e MAPA); Pós-Graduação (Lato sensu) em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira pela (UNIR/CREARO); Pós-Graduação (Lato sensu) em Metodologia do Ensino Superior – UCAM-MG (Conclusão) e tem Pós-Graduação (Stricto sensu), em nível de Mestrado, em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela (UNIR).

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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

DE BOLSONARO A HITLER: PARA ALI BABÁ DA SILVA E OS 40 COMPANHEIROS



               Não temos argumentação e palavras para explicar por que alguns ‘intelectuais’ e ‘pseudos’ cientistas no Brasil não conseguem aceitar e digerir, democraticamente, os resultados das urnas desta eleição de 2º Turno, realizada em 28 de outubro de 2018 — quando Jair Bolsonaro (PSL) obteve uma expressiva votação e uma esmagadora vitória com 55,13% ( 57.797.456 votos) contra 44,87% (47.040.819 votos) de Fernando Haddad (PT).

               Para não nos tornarmos  prolixo e antipetista vejamos a intensão do Frei Betto, frade domiciliano e escritor, que em entrevista  pública neste último dia 11 de outubro de 2018 desabafou com todas as letras e desenhou o perfil de Jair Bolsonaro a semelhança de um sanguinário Adolfo Hitler — ao ascender ao poder na Alemanha e após uma gestão desastrosa todos conhecem o final desta tragédia. No segundo momento, atribui o surgimento do fenômeno Bolsonaro a omissão do Poder Judiciário que permitiu a “lei esdrúxula da anistia recíproca” e que o PT ao longo de 13 anos de governo “não cuidou de promover a alfabetização política do povo”.

               Como amigo pessoal, assessor político-espiritual e eterno escudeiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o escritor Frei Betto conhece como poucos os verdadeiros motivos que levaram a debandada de velhos companheiros — cabeças-pensante, filiados, seguidores, eleitores e simpatizantes do partido dos vermelhos — quando se tornou claro e nítido, a olho nu, a mudança de rota e a fuga de compromissos apresentados no Estatuto do Partido dos Trabalhadores (PT) e o desvio de objetivos, os sucessivos escândalos, condensados no Mensalão, no Petrolão e em mais de uma centena de escândalos em todos os naipes, revelados na mídia escrita, eletrônica,  falada e televisada no dia-a-dia e nos plantões policiais.

               Por que não interpretar o “fenômeno Bolsonaro em toda a sua essência?

               O fenômeno Bolsonaro foi fecundado no ventre do Partido dos Trabalhadores (PT) e  porque se a população estivesse satisfeita com a administração do PT o Capitão Jair Bolsonaro não teria se tornado em pouco tempo num líder político e na preferência nacional nas urnas — quando fora  gerado no útero da insatisfação da população brasileira que não mais acreditou nas promessas mentirosas dos políticos do PT e se escandalizaram com as relações promíscuas do partido com seus aliados políticos — com a política de corrupção plena, em todos os níveis e do toma lá dá cá.

               Neste sentido, o Deputado Federal Jair Bolsonaro passou a ser a esperança do eleitor que passou a acreditar na existência de um político que se apresentou como diferente dos demais e que prometera mudar este quadro de incertezas, reduzir este mar de lamas, de corrupção em todos os níveis, de criminalidade desenfreada, intolerável, de desemprego e proporcionar melhores dias para todos.

               Quando a panela de pressão entra em ebulição  a válvula tem que ter estrutura para resistir a forte força dos vapores e fazer com que esta não se transforme em uma bomba mortal e cause um acidente violento, seguido de uma tragédia  irreversível.

               Para calar a boca de todos aqueles que apostam no quanto pior, melhor, tornam-se necessários que a administração do presidente eleito Jair Bolsonaro não decepcione e não frustre as perspectivas de milhares de brasileiros que acreditaram em suas propostas e consiga colocar nos cargos  estratégicos pessoas comprometidas com a honestidade, com a seriedade, com a probidade  e que estejam comprometidos com o bem estar da população e com o desenvolvimento e consolidação do Brasil, como nação soberana, livre e próspera.

               Se a administração do presidente eleito Jair Bolsonaro conseguir frear a corrupção endêmica praticada no Brasil — desde o seu descobrimento e aprimorada e consolidada nos 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores (PT) —  todos irão reconhecer a diferença entre um governo corrupto e um governo não corrupto.

               Neste tocante, veja como se comporta a população a cada nomeação do presidente eleito Jair Bolsonaro quando o nome tem credibilidade, tais como:

·         Em escalar o Juiz Federal Sérgio  Moro para ocupar o ministério da Justiça e Segurança Pública  dando o presidente eleito Jair Bolsonaro um golpe de mestre, que no jogo de boliche se pode chamar de um verdadeiro straike;
·         Em evitar fazer nomeações por critérios políticos, a fim de se minimizar o toma lá, dá cá, o governo do presidente Bolsonaro estará cumprindo fielmente o discurso de campanha e combatendo radicalmente a partilha da administração pública, com fins pessoais  e com interesses corporativos.
              
CONTRAPONTO

               Ao invés do frade  domiciliano e escritor Frei Betto — assessor espiritual do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparar o presidente eleito Jair Bolsonaro ao fascista Adolfo Hitler, com tantos recursos literários e fartos adjetivos — por que não procurou escrever o publicar o seu próximo Livro com um relato “sui generis”, através de um comparativo sobre a obra Ali Babá e os Quarenta Companheiros — parte integrante do Livro das Mil e Uma Noites, onde o Ali Babá  fica preso em uma caverna, juntamente com seus quarenta companheiros por muita coincidência foram os números de condenados e presos no Mensalão do Partido dos Trabalhadores (PT).


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