O espadarte
de Ernest Hemingway
Na
obra de Ernest Hemingway, The Ord Man and the Sea, o autor fala do velho
pescador de nome Santiago que luta incansavelmente com um gigante espadarte e
contra as altas ondas do Golfo, em alto mar, e no 84º dia ainda não havia
capturado nenhum peixe.
No
85º dia de pescaria consegue emalhar um peixe descomunal, com 5 metros de
comprimento, pesando 700 kg. Apesar de sua habilidade na arte de pescar,
Santiago e seu assistente Manolim tem muita dificuldade em retirar o enorme
peixe d’água, tendo como adversários:
·
as turbulências das águas do Golfo Pérsico;
· as dificuldades com a pouca capacidade de armazenamento da
embarcação que navegava em alto mar;
· a preocupação com os buracos no casco do barco que ameaçava
alagar e risco de afundar no oceano, em
decorrência de infiltração e vazamentos de águas;
·
o peso de peixe capturado e a limitada força de apenas
pescadores;
·
os raios solares cegante que refletem diretos nos olhos e na
pele de ambos;
·
os cardurmes de tubarões famintos que os seguem e atacam;
· a fome dos vorazes cardumes de tubarões deixaram do produto da pescaria
somente as espinhas;
·
o autor da obra teve que se explicar durante muito tempo sobre a
procedência, o peso e a idade do espadarte capturado;
· o chegar à costa e tentar retirar o peixe da
água, percebe que restam somente as espinhas e Santiago sem forças conclui
resignadamente que:
“A essência da história é
a luta constante do homem contra a natureza, despertado sua sobrevivência, com
destaque para a importância não só da experiência, mas, também, da sorte e da
preservação”.
Em
ter o Partido dos Trabalhadores (PT) como adversário político pode ser
considerado como enfrentar uma guerra e não simplesmente uma guerra, mas uma
luta constante e desleal.
Para
tanto, o Governo Interino de Michel Temer tem que estudar atentamente A ARTE DA
GUERRA, obra de SUN TZU, sobre as estratégias para se ganhar uma guerra:
“Toda guerra é
baseada no engano. Por isso, quando capazes de atacar, devemos parecer
incapazes; ao utilizar nossas forças, devemos parecer inativos; quando estamos
pertos, devemos fazer o inimigo acreditar que estamos longe, quando longe,
devemos fazê-lo acreditar que estamos perto.”
“Trate seus homens como se fossem seus
próprios filhos amados. E eles irão segui-lo no mais profundo vale”.
Quando um homem que conhece as artes da
guerra assume o comando de batalha o objetivo principal pode não ser é o de
vencer esta primeira luta, logo no começo. Mas, sim, a guerra completa. A
estratégia traçada pode ser a de sofrer baixas com todo o primeiro pelotão e,
depois, derrotar o adversário com o restante da tropa.
O
Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, com 2.355.475 (dois milhões
trezentos e cinquenta e cinco mil e quatrocentos e setenta e cinco eleitores filiados) — aceitou em participar de uma coligação partidária
para concorrer as eleições presidenciais de 2010, na condição de coadjuvante junto
ao Partido dos Trabalhadores (PT), na condição de candidato a vice-presidente, tendo
o presidente da legenda Michel Temer (PMDB), numa chapa encabeçada por Dilma Roussef
(PT), nas eleições de 2010 e 2014.
Durante
os seis (6) primeiros anos o vice-presidente sempre se comportou como vice e
como o próprio Michel Temer se definiu em carta aberta ‘que
não passou de uma mera figura decorativa’.
Na verdade, nos primeiros anos do
casamento político Dilma e Michel se entenderam nos limites do tolerável e das
conveniências políticas aceitáveis, agravado com as cobranças de espaços de
ambos os lados. No lado petista, os militantes reclamavam da indiferença da
presidente Dilma, uma vez que as militâncias dos petistas berravam por mais
tetas e mais benesses. No outro lado, os pmdbistas cobravam mais participação
do vice e mais espaços e mais ministérios no governo.
Com
o tempo as coisas foram tomando formas e se encarregando em ajustar as
melancias no assoalho da carruagem da governabilidade.
O
casamento político entrou em crise aguda desde que o PMDB se viu mergulhado no
meio do mar de lama revelada com a Operação Lava Jato com uma série de políticos
envolvidos diretamente e outros denunciados através de delatores de plantão.
Para o PMDB a gota d’água transbordou com a abrupta queda do PIB, o aumento
acelerado do desemprego, a baixa popularidade da Presidente Dilma Rousseff e o
povo nas ruas clamando por mudanças.
De repente uma reflexão: para governar o PMDB
não passou de uma figura decorativa e para assumir o ônus no momento crucial da
crise tem que ser leal?
Com
esta avaliação surge uma carta escrita pelo vice-presidente e entregue a presidente
Dilma. Este documento a água transbordou de uma vez e culminou no desembarque
do partido e daí para chegar ao processo de Impeachment, foi uma questão de
tempo.
Em muitos situações do mundo real, a vida imita a obra de ficção, assim como a recíproca,
também, pode ocorrer com perfeição. Então vejamos o que vem ocorrendo na vida
política real do atual presidente interino Michel Temer, quando fatos
semelhantes aos vivenciados na obra de ficção de Ernest Hemingway “ O VELHO E O MAR” têm acontecido, a olhos
visíveis:
·
as turbulências nas águas da
política do Brasil levou o navio a ficar a pique;
·
as dificuldades com a crise
econômica que atravessa o país;
·
o tamanho do rombo nas contas
públicas;
· a preocupação com a quantidade
de vazamentos de diálogos entre os tripulantes da embarcação e sucessivos afogamento
de membros da tripulação por falta de prevenção;
·
o peso do conteúdo dos diálogos
entre peixes graúdos procurando respirar oxigênio nas águas profundas da Lava
Jato;
· os rojões disparados por
delatores na Lava Jato ameaçam, comprometem e mutilam integrantes da Nau do
Palácio do Governo;
· os densos e famintos cardumes
de tubarões do erário público procuram se defender, sem escrúpulos, em detrimento
de padrinhos de ontem e deixaram do erário público apenas as dívidas;
· baixas no time principal do
presidente Michel Temer irão ocorrer ao longo da travessia, até a realização da
próxima eleição.
Após
o desfecho e conclusão do Processo de Impeachment que afastou a então presidente Dilma Rousseff e a consequente
titularidade de Michel Temer, como presidente da República, este vai despertar
do pesadelo e passar por agruras para concluir este mandato.
O
presidente Michel Temer vai ter muita dificuldade e irá comer o pão que o diabo
amassou para fazer a travessia, até as próximas eleições presidenciais, cercado
de tubarões por todos os lados, tendo os petralhas como maiores opositores e
que já estão se comportando como verdadeiros tubarões famintos, inimigos do
Brasil, que dilapidaram a maior estatal do Brasil, a PETROBRAS, semelhante aos
tubarões que comeram a carne do espadarte e deixar as espinhas, como na obra “O
VELHO E O MAR”, como têm demonstrado, até então.
Se é verdade a premissa afirmada por
Ernest Remingway que “quando duas pessoas se amam uma à outra, não pode haver
final feliz” se pode concluir que o casamento político entre Dilma e
Michel teve, sim um período de núpcias (na lua de mel de duas eleições
vitoriosas) e, depois, o mel se transformou em fel, desde que a vaca começou a
tossir, quando ficou tossindo, ficou rouca e caiu no brejo. Escafedeu-se.
COMO GANHAR A GUERRA
A
essência das estratégias de guerra de
SUN TZU, o autor de A ARTE DA GUERRA, estão contempladas as premissas indispensáveis
para se ganhar uma guerra:
·
A
suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.
·
O
que é de suprema importância na guerra é atacar a estratégia do inimigo.
·
A
velocidade é a essência da guerra.
·
Tire
proveito do despreparo do inimigo; viaje por rotas inesperadas e atinja-o onde
ele não tomou precauções.
Tenham todos um bom dia.
Antônio de Almeida Sobrinho escreve
semanalmente nos seguintes Portais de Notícias:
e no Blog ESPINHA NA
GARGANTA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário