sexta-feira, 4 de setembro de 2015

AQUICULTURA SEM FOCO: AUSÊNCIA DE RESULTADOS

No mundo da economia existe uma máxima que define: administra-se bem ou não existe administração, ao contrário da lógica matemática quando duas premissas são verdadeiras a conclusão é óbvia  e sempre verdadeira. Não existe meia verdade.

Não existe milagre para se atingir um planejamento estratégico que oportunize resultados 100% ajustados à realidade socioeconômica de uma população, com benefícios para os usuários deste público alvo, quando 100% das tentativas realizadas estão 100% apontadas para o alvo errado.

No auge de sua atuação política, Henry Kissinger afirmou:

“o sucesso resulta de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco melhor. O insucesso, de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco pior”.

Tendo como os principais pontos de estrangulamento do setor aquícola de Rondônia:  a ausência de difusão de tecnologia do pescado; a ausência de insumos básicos, a preços compatíveis com o poder aquisitivo do produtor rural; o alto custo da energia elétrica para atender as necessidades de abastecimento de água para a piscicultura; a carência de  alevino e  o seu exorbitante preço, acrescido da falta de qualidade genética; a omissão do controle sanitário, por parte do poder público, no que tange à atividade aquícola que pode colocar toda uma atividade em ‘xeque mate’ e que tem tudo para se consolidar e se tornar autossustentável, a curto prazo, e contribuir sobremaneira com o PIB estadual e nacional e a falta de opções de mercado para escoar a produção pesqueira, o Governo Estadual terá que se redobrar para recuperar o tempo perdido e, assim,  salvar o que de bom existe, até o presente, sob pena em ter que assumir o ônus por tudo que de errado ocorreu, até aqui.
Não se pode tapar o sol com a peneira, quando sabemos que cada erro cometido no presente se multiplicará em progressão geométrica no futuro bem próximo – quando este tempo futuro é o hoje, com múltiplos prejuízos para todos os segmentos sociais envolvidos, direta e indiretamente, neste processo produtivo.

Para tanto, o Governador Confúcio Moura, na condição de um grande maestro da orquestra administrativa, terá que agir com mãos de ferro, sem usar sentimentos e nem afinidades sanguíneas, no estilo do guerreiro Samurai para tomar decisões e, desta maneira, as medidas deverão ser adotadas imediatas para apoiar e fortalecer a atividade aquícola, como mecanismo para salvar e fortalecer o setor primário que acreditou e investiu maciçamente na piscicultura, acreditando que o Poder Público iria atender, a contento, as necessidades da atividade, nos mais diversos níveis de sua cadeia produtiva.

Todos têm acompanhado o esforço que temos feito para minimizar os problemas cruciais que visualizamos, sem o auxilio e com o uso da lupa, mas velhas mazelas permanecem, governo após governo, sem que as soluções sejam visualizadas e encontradas, e, assim, a velha história vem se repetindo, os problemas antigos se renovam multiplicados e vão envelhecendo, no dia-a-dia, e quem paga o ônus é o produtor que se transformara em piscicultor, tendo como colheitas a insatisfação, a frustração e o prejuízo financeiro atual e os que virão inevitavelmente, porque metas erradas estão sendo implementadas, em detrimento das soluções dos problemas.

Quando o time de futebol está sempre perdendo, muitas vezes por deficiências dos próprios jogadores, a corda sempre se quebra na queda do treinador, e o governador Confúcio Moura não pode esquecer desta regra lógica universal: se amanhã a piscicultura de Rondônia sofrer do dia para noite um ‘boom’, em quaisquer níveis, as cobranças serão dirigidas  para o governo estadual, aí a cobra irá fumar e as consequências serão inevitáveis, irreversíveis e politicamente desastrosas.


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