Na
atual conjuntura política — sem precedentes na história política do Brasil,
quando o país tem carência de lideranças políticas, o eleitor fica no mato sem cachorro
e se embala e se alvora, ‘feito fogo em ventania’ — e toma a forma do improviso
e segue o caminho que a água percorre no tsunami ou nas grandes enxurradas:
busca o caminho da declividade, e às vezes sobe até ladeira, em turbilhão, sem
medir consequências e sem saber onde vai chegar.
O voto
em tsunami ou de cascata é uma história muito antiga e remonta as primeiras
eleições realizadas no Brasil, durante todo o período republicano, tendo como
exemplos mais recentes as seguintes eleições:
JÂNIO da
Silva QUADROS
– tendo como símbolo a VASSOURA e o jingle: “varre, varre, varre, varre, varre, varre/varre vassourinha/varre, varre
a bandalheira/ que o povo já está cansado/de sofrer dessa maneira/Jânio Quadros
é a esperança desse povo abandonado”.
“O
homem da vassoura vem aí”. O resultado todos conhecemos: com uma votação
devastadora, daquelas de humilhar o adversário, e com sete meses à frente da
presidência da República anunciou a sua renúncia — sendo interpretado por
muitos como um gesto transloucado e de verdadeira insensatez e o anúncio soou com
a justificativa de um elemento sobrenatural, ficando conhecido “como as forças
ocultas” que até hoje não foram
explicadas.
Jânio
Quadros foi substituído por seu vice-presidente, eleito em outra chapa, (quando
a eleição se votava no presidente e no vice-presidente, e o candidato Jânio
Quadros não conseguiu eleger o seu vice), sendo eleito o vice-presidente JOÃO
Belquior Marques GOULART que assumiu o
poder e em seguida fora deposto pelo golpe militar de 31 de março, quando fora
instalado o Regime Militar.
FERNANDO Affonso COLLOR
de Mello — tendo como slogan “O CAÇADOR
DE MARAJÁS” quando pregava e prometia acabar com os super-salários dos
Marajás, nos três Poderes da República.
Com uma performance de um jovem de classe A, bem criado, preparado e com
um discurso eloquente e apoiado pela mídia eletrônica, em especial pelo Rede
Globo de Rádio e de Televisão, Fernando Collor chegou ao segundo turno e ganhou
as eleições do candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, entre denúncias e
armações e etc. & tal. O final desta história nós todos acompanhamos. Após
dois anos de mandato, todos assistimos ao desfecho macabro para a história do
Brasil: após dois anos de mandato o presidente da República do Brasil foi
deposto do cargo através de um processo de Impeachment, sob a acusação de
corrupção ativa e passiva, sendo sucedido pelo seu vice-presidente eleito,
Itamar Franco que completou o mandato.
DILMA Vana ROUSSEFF — tendo
como consequência da política assistencialista e paternalista adotada pelo
governo do Partido dos Trabalhadores, durante dois mandatos do ex-metalúrgico
Luiz Inácio Lula da Silva, o povo entendeu que a política adotada pelo partido
dos vermelhos deveria continuar quando aos olhos do eleitor “dar um peixe a um
homem seria melhor do que ensinar-lhe a pesca”.
Veja
onde o Brasil chegou: com uma política assistencialista sem planejamento, o
país diminuiu o ritmo de produção, o PIB chegou a se tornar negativo, a
inflação tomou proporções alarmantes, o desemprego colocou as massas em
pés-de-guerra, com mais de 13 milhões de desempregados, tudo isto levou o
Brasil a maior crise econômica dos últimos tempos. A gestão adotado pelo
Partido dos Trabalhadores, ao seguir ideologias bolivarianas, alinhadas aos
governos comunistas de Cuba, dos irmãos Fidel e Antônio Castro; da Venezuela,
implementadas por Hugo Chávez e seguida, agora, por seu sucessor Nicolás Maduro
e de tantos outros adeptos.
Visto
nesta ótica do lucro fácil e rápido, sob a égide da corrupção, levaram o
governo dos petistas a optar pela corrupção generalizada e endêmica, em todos
os níveis da administração, como mecanismo para continuar no poder, “forever”, evidenciadas
através dos Processos do MENSAÇÃO,
com quarenta condenados e presos, (quando faltava apenas o Ali-BABÁ, sendo
somente agora no dia 7 de abril), seguidos pelo PETROLÃO, incluindo a cúpula da empreiteiras, da classe política,
com implicações em diversos níveis da pirâmide social, onde a certeza da
impunidade induziu a indústria do lucro fácil e rápido e optaram pela
corrupção.
O
resultado deste descalabro e de desmando administrativo do governo do Partido
dos Trabalhadores (PT) todos nós sabemos de cor e salteado: o processo de
impeachment da então presidente Dilma Rousseff e a posse de seu vice-presidente
Michel Temer que acabara de sobreviver a dois processos de Impeachment sendo
salvo pelo gongo através de duas votações sucessivas pelo Plenário da Câmara
dos Deputados – sendo acusado por “Crime de Responsabilidade e “Obstrução à
Investigação” e por “Corrupção Ativa e
Corrupção Passiva”.
Por
isso e muito mais é que se pode ter uma semelhança entre o Brasil e o animal
doméstico de nome perua: o país imita sem querer à cantiga da perua - que em todos os tempos sempre
fora uma só: “é de pior-pior, é de pior-pior, a cantiga da perua é uma só”.
Tudo isto que estamos acabando de presenciar tem
semelhança a um filme que já assistimos em outros períodos de carnavais: a
preferência do eleitor para votar e reeleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, probabilidade ZERO, pois o ex-presidente Lula está cumprindo uma pena
de 12 anos e um mês de prisão, nas dependências da Sede da Polícia Federal, na
cidade de Curitiba, QG principal da Operação Laja-Jato sob a responsabilidade
do Juiz Federal Sérgio Moro, no estado do Paraná.
Quem será ou serão o(s) verdadeiro(s) herdeiro(s) dos
votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva?
No atual momento político o Partido do Trabalhadores (PT)
não dispõe de um Plano B para substituir o líder petista e por mais que se
esforcem os números não batem: 2 + 2 = 5. Assim fica mesmo muito difícil.
Os votos não são do Lula, agora serão diluídos entre os
demais candidatos. Uns receberão uma fatia mais acentuada, tendo como exemplo
os Partidos que tem candidatos com ideologias de esquerda e que tenham
afinidade com o Partido dos Trabalhadores, como Marina Silva (REDE), Ciro Gomes
(PDT), e outros com pouca densidade eleitoral. Não serão evidenciadas nenhuma
enxurrada de votos para A ou para B, proveniente do ex-presidente Lula.
Se o ex-presidente Lula fosse, na verdade o candidato
petista, hoje, acredita-se que a sucessão presidencial seria decidida já no
primeiro turno – mas isto foi frustrado para os eleitores e aos ferrenhos
defensores e seguidores do líder petista, com a definição da prisão em segunda
instância, pelo STF, por 6 votos x 5, com o voto de Minerva da presidente do
STF, ministra Cármen Lúcia, e com a consequente
decretação da prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, após extinguir todos os
Recursos de Declaração e outros pelo Juiz Federal Sérgio Moro.
O eleitores do Brasil temos que tomar toda precaução
necessária para que erros anteriores sirvam de lição e para que não incorramos
nos mesmos erros do passado.
Na hora H de sufragar o seu voto na Urna Eletrônica não
se comporte como a ÁGUA DE ENXURRADA:
vote com consciência, não venda o seu voto, procure saber a história do
candidato, conheça bem a sua performance política e não vá no Conto do Paco.
‘Cachorro que muito late, não costuma morde’. O seu voto pode decidir o destino
de toda a população.
Antônio De Almeida Sobrinho escreve semanalmente
nos seguintes Portais e veículos de comunicação:
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