quinta-feira, 15 de maio de 2014

PISCICULTURA FAAARTA


PISCICULTURA FAAARTA



█ Com o advento da criação do estado de Rondônia e, consequente, incentivo de sua colonização através do Governo, um significativo número de produtores rurais do sul, sudeste e nordeste do País, migrou para o novo Estado, trazendo consigo a tradição agrícola e alguma experiência em criação de peixes.

█ A maioria destes colonos se instalou ao longo da BR—364, distante de rios piscosos, e passaram a construir pequenas, médias e grandes represas para armazenar água para atender a demanda da criação do rebanho bovino e, posteriormente, através de orientações técnicas da então ASTER-RO, hoje, EMATER-RO, passaram a desenvolver os primeiros cultivos de peixes em suas propriedades para atender as necessidades da família e, depois, passaram a comercializar o excedente da produção de pescado para atender outros centros consumidores de distritos vizinhos e do entorno da região.

█ Através da elaboração, legitimação, publicação e implementação do Sistema de Produção para Criação de Tambaqui em Rondônia, 1991, através da EMATER-RO, EMBRAPA e SEAGRI-RO, quando o serviço de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural passou a intensificar os trabalhos de piscicultura em Rondônia — podendo-se, no entanto, concluir que a piscicultura atingiu ao patamar que chegou graças à força empreendedora de alguns conhecimentos técnicos adquiridos por estes colonos, em seus estados de origens; com esforço próprio do produtor rural, que teve a iniciativa em implementar os primeiros viveiros de peixes em suas propriedades, com recursos próprios e, depois, financiados por agentes financeiros da região; da ação revolucionária do associativismo e do cooperativismo; do apoio logístico das prefeituras municipais e do incentivo do Governo Estadual.

█ Para que o Governo do estado de Rondônia incentive o crescimento da piscicultura torna-se necessário se fazer uma avaliação do atual estágio de produção de pescado, através de um Diagnóstico Estatístico, quando o Governo teria a sua disposição um diagnóstico real da atual situação desta atividade e, ao mesmo tempo, passaria a dispor das necessidades e dificuldades do setor aquícola, mostrando claramente os prós e os contras do setor aquícola, com ênfase especial para os pontos de estrangulamentos da atividade e suas possíveis equacionamentos e soluções.

█ É lamentável quando nos deparamos com Estatísticas da Produção de Pescado do estado de Rondônia sendo divulgados na mídia nacional, sem nenhum critério técnico, proveniente da piscicultura, na base do ‘achismo’, e, não temos dúvida, de que tudo isto está ocorrendo com a aproximação das eleições, sendo, portanto, com cunho eminentemente eleitoreiro. Neste sentido, estamos anunciando, em primeira mão, que estamos fazendo um trabalho em nível estadual para termos com precisão de estatística-matemática, um Diagnóstico da Piscicultura do Estado de Rondônia, a exemplo do que foi realizado no ano de 2001, (o único até então realizado) com critério técnico, cujos resultados foram publicados no Livro: AQUICULTURA NO BRASIL, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq, Funep e UNESP – Centro de Aquicultura, sendo este articulista como responsável técnico pela elaboração da Estatística da Aquicultura do Estado de Rondônia.

█ Após a realização e conclusão deste Diagnóstico Estatístico que estaremos realizando, com início previsto para esta segunda quinzena de maio e conclusão após os jogos da Copa do Mundo, quando nós iremos mostrar os resultados destes estudos e que deverão ser publicados no Livro AQUICULTURA DE RONDÔNIA: Bases para o desenvolvimento sustentável — que estaremos publicando, com recursos próprios, quando este trabalho estará sendo implementado com apoio de entidades governamentais e não governamentais, quando estaremos mostrando os pontos críticos e de estrangulamento da piscicultura, bem como as incongruências, omissões e não verdades do setor aquícola do estado de Rondônia.

 █ Hoje, atuando junto ao setor aquícola do estado de Rondônia e com um determinado e suficiente conhecimento, ao considerarmos um trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo  dos  caminhos trilhados nestes últimos 35 anos de dedicação profissional — se pode afirmar com todas as letras — sem medo de errar, que em Rondônia a piscicultura é FAAARTA porque:
FAAARTA planejamento estratégico para desenvolver a piscicultura;
FAAARTA diretrizes para desenvolver à piscicultura;
FAAARTA políticas públicas para desenvolver à piscicultura;
FAAARTA gestão pública para coordenar à piscicultura;
FAAARTA tecnologia para verticalizar a produção pesqueira;
FAAARTA vontade política para apoiar à piscicultura;
FAAARTA técnicos em quantidade para assistir á piscicultura;
FAAARTA técnicos qualificados para capacitar os piscicultores;
FAAARTA assistência técnica de qualidade para assistir à piscicultura;
FAAARTA insumos básicos para apoiar à piscicultura;
FAAARTA ração de qualidade e preços justos para atender a demanda da piscicultura;
FAAARTA preço mínimo para comprar a safra de pescado;
FAAARTA energia subsidiada para incentivar à piscicultura;
FAAARTA armazéns para armazenar a produção;
FAAARTA transporte para transportar a produção;
FAAARTA mercado para comercializar a produção. 

PENSAMENTO DA SEMANA

Quando o governador Confúcio Moura escolheu o slogan Governo da Cooperação o cooperativismo do estado de Rondônia aplaudiu de pé esta iniciativa governamental — pensando, não temos dúvidas, que os elos de toda a cadeia iriam receber apoio integral e as cooperativas e seus cooperados iriam ser apoiados com todas as letras. Com o passar do tempo, se constatou que ao invés do apoio do Governo ocorreu um descaso e uma rígida e covarde retaliação com a diretoria da COOMAPEIXE – Cooperativa Mista e Aquícola do Estado de Rondônia, afetando parte de seus cooperados  que, num piscar de olhos, viu os seus dezoite (18) Projetos ITACPP elaborados caírem na vala do descaso governamental e, depois, rolarem nas correntezas das águas do rio Madeira, tendo como responsáveis diretos membros do próprio Governo que solicitaram à PGE- Procuradoria Geral do Estado de Rondônia  para indeferir os mencionados PROJETOS. Agora querem votos?

Antônio de Almeida Sobrinho é colaborador dos seguintes Portais:

                 Tenham uma boa leitura e uma ótima reflexão.
 Para contrapor as nossas posições, o (a) eleitor (a) ou o (a) leitor (a) pode utilizar os seguintes contatos:


Celular: (69) 8111-9492 e (69) 9919-8610

domingo, 4 de maio de 2014

LULA É CANDIDATO À SUCESSÃO:

 ALGUÉM TEM DÚVIDAS?


A bancada do Partido da República - PR fez o lançamento da campanha “ VOLTA LULA”, na Câmara Federal, no último dia 28 de abril de 2014, no sentido de substituir a candidatura de Dilma Rousseff por Luiz Inácio Lula da Silva, como candidato do PT, para concorrer as eleições de 5 de outubro próximo. Na concepção do Deputado Federal Bernando Santana, líder do PR na Câmara, através da leitura da Carta Aberta, cujo teor está focado em fortalecer a campanha do “VOLTA LULA”, quando afirma que somente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “pode inaugurar um novo ciclo virtuoso de crescimento pela vida da conciliação nacional”.
█ Uma outra corrente partidária coordenada pelo Deputado Estadual Campos Machado, secretário-geral nacional do PTB,  e presidente do diretório da São Paulo, afirma “achar inevitável que LULA tome o lugar de Dilma se ela não chegar bem às vésperas da eleição”.
█  Caso a candidata Dilma Rousseff seja escolhida na convenção nacional do PT, que ocorrerá no período de 10 a 30 de junho, de acordo com a legislação eleitoral, e a performace da candidata Dilma Rousseff continuar caindo nas pesquisas de intenções de votos, até o prazo limite para que ainda possa haver a substituição, torna-se necessário a renúncia da candidatura de Dilma, até a data de 15 de setembro, ou seja, 20 dias antes das eleições, de acordo com a legislação eleitoral do TRE — que serão realizadas no dia 5 de outubro de 2014, quando a substituição de Dilma para a entrada do ex-presidente Lula será automática, num piscar de olhos. Mas para que isto ocorra, será necessário seguir os precedimentos da legislação eleitoral, com renúncia de um candidato e justificativas do ingresso do candidato substituto.
█ A ala lulista tem uma nova sugestão: que durante a realização da convenção nacional do partido dos vermelhos, que será realizada no período de 10 a 30 de junho de 2014, que já defina como candidato a presidente para a sucessão de Dilma Rousseff o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a fim de se evitar desgastes com a troca de candidato, enquanto os partidos de oposição já estão com seus candidatos com as bocas nos trombones, com os blocos nas ruas e se utilizando dos dividendos políticos com os males praticados e feitos na administração da petesada, com muita fome de poder e com muito sede ao pote, e deverão ser revelados através das investigações da CPI da PETROBRAS, recém-criada e em fase de instalação, que sem dúvida, tudo que for revelado será jogado no ventilador, tudo que for encontrado de errado, com um grande desgaste para o Planalto — que não pode projetar onde isto poderá desaguar — sem falar  no escândalo do famigerado Mensalão e com os erros e desencontros da administração do PT, nos últimos quase 12 anos, com mais erros do que acertos, no discurso da oposição. 
█ O ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou em entrevista neste 2 de maio, que no Encontro Nacional do PT previsto para ser realizado nesta sexta-feira e sábado, na capital paulista, irá sepultar definitivamente o movimento “VOLTA LULA” e, ao mesmo tempo, consolidar através de decisão dos delegados do Partido dos Trabalhadores a candidatura da presidente Dilma Roussef, como candidata à reeleição para residência da República.
█ Uma outra corrente partidária, coordenada pelo Deputado Estadual Campos Machado, secretário-geral nacional do PTB  e presidente do diretório da São Paulo, afirma “achar inevitável que LULA tome o lugar de Dilma se ela não chegar bem às vésperas da eleição”.
 █ A jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, escreveu neste 1º de maio, quando o tema foi o “VOLTA LULA” que o mencionado Deputado Estadual Campos Machado, em visita de cortesia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se utilizou de uma premissa verdadeira muito forte, para servir de argumentação para convencer o ex-presidente Lula a concordar com o ‘VOLTA LULA”:
”Estamos aos 38 minutos do segundo tempo. O Palmeiras está perdendo de 1 a 0  para o Ituano. Eu olho para o banco de reserva e vejo o Lionel Messi, o Cristiano Ronaldo ou o Neynar. Eu faço o quê?, disse Campos Machado a Lula, comparando-o aos craques que poderiam virar o jogo. O ex-presidente teria dado ‘uma risadinha’, sem prolongar o assunto”.

█ No dia 4 de novembro de 2013, uma matéria de nossa autoria foi publicada tratando deste mesmo tema — a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — nos Portais: www.gentedeopiniao.com.br; www.rondoticias.com.br e em www.emrondonia.com.br, com o seguinte título e sub-título:  LULA É O CANDIDATO DO PT: O DISFARCE DO LAGARTO que por solicitação de leitores e internautas estamos reproduzindo alguns fragmentos da Coluna publicada naquela data — para mostrar que não estávamos tão futurista assim e errado, como alguns amigos e internautas insinuaram e ventilaram. Vejam a íntegra da matéria:
█ Enquanto as oposições não conseguem ver o sol por traz de uma simples peneira — quando ainda não entendeu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) para a eleição presidencial de 2014 —  e não tem quem me convença de que a própria presidente Dilma Rousseff não tenha plena consciência disto e, não resta dúvidas, de que esta tem toda a  fidelidade do mundo ao seu criador e padrinho  político. Isto são favas contadas e aptas para o consumo.
█ Não se pode, também, ter dúvidas de que a presidente Dilma Rousseff honrará com todos os compromissos, supostamente assumidos com o ex-presidente Lula, nunca revelados e mantidos trancafiados, a sete chaves, de que ela Dilma Rousseff só seria a candidata na eleição de 2010 e que não seria candidata à reeleição, exceto em caso excepcional — como um de seus mais sagrados segredos e compromissos, até hoje assumido. Acredita-se.  
█ Enquanto as forças de oposições vão se desgastando, a Presidente Dilma se mantém como virtual candidata à reeleição, com o simples aval do Planalto — e não do Diretório Nacional do PT— e as “forças ocultam” vão trabalhando, viabilizando, camuflando e materializando a candidatura do ex-presidente Lula, utilizando o DISFARCE DO LAGARTO, utilizando-se de técnicas semelhantes a estratégias de guerra e com os requintes do mais sofisticado marketing político de campanha silenciosa, com uma projeção biônica suficiente para visualizar o limite do crescimento da atual candidatura posta, da criatura (Dilma) e qual o crescimento em relação a  do criador, (Lula) em termos comparativos, com vistas à sucessão presidencial.
█ Após a publicação da última pesquisa de intenções de votos e no limite máximo possível de substituição, quando se constatar que a performance da hoje candidata Dilma Rousseff não atingir o volume de intenções de votos necessários para  ganhar a eleição e consumar a fatura já no primeiro turno, e, sim, o ex-presidente Lula, é nesta hora que tudo que estamos afirmando ocorrerá, a substituição será, automaticamente, num toque de mágica, sob pena da oposição ganhar a eleição com sobras de votos, num indesejável segundo turno contra o partido dos vermelhos.
█ Por que o ex-presidente Lula não se lançou oficialmente como o candidato do Planalto a sucessão da presidente  Dilma Rousseff?
Resposta óbvia.  A sua saúde está boa, segundo seus médicos. Qual seria o verdadeiro  PULO DO GATO. Aquele pulo que o gato não ensinou para a onça — que lhe salvou a vida.
Se o ex-presidente Lula fosse o candidato oficial à sucessão de Dilma Rousseff, neste momento, a oposição iria pegar-lhe no pé. Tanto as oposições quanto as redes sociais iriam convocar e incitar as massas e as manifestações populares iriam retornar às ruas e tentariam  esvaziar a sua candidatura, a todo custo,  até lá, como sendo o responsável por todos os erros do Governo, por todos os desmandos administrativos praticados pelo Governo do PT, como o pai, como o avô e até como o bisavô do famigerado MENSALÃO. Todos sabemos que gato escaldado tem medo de água quente ou é de água fria. Ou não tem? Ou tem medo de todos os tipos de água?
 █ A estratégia política que vem sendo utilizada pelo PT é capaz de projetar na tela o real crescimento da candidatura do ex-presidente Lula  e, assim, no momento exato, no dia “D”, no último momento, será feita a substituição,  de “Dilma” por “Lula” e, assim, se evitar um possível segundo turno, que é, na verdade, o que a “petezada” não quer.
 █ Em entrevista a uma emissora de TV portuguesa, neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou “que não será candidato a nenhum cargo eletivo e reiterou apoio à Dilma Rousseff como candidata à Presidente da República. ... Após um breve silêncio, complementou: “em política, a gente nunca pode dizer não. Mas eu acho que eu já cumpri com a minha tarefa no Brasil. Não vou ser candidato”.
█ Uma segunda campanha toma corpo, em nível nacional, e já chegou a ser operacionalizada e massificada no estado de Rondônia, utilizando, para tanto, de adesivos em carros e motos e nos demais tipos de transportes, com o seguinte slogan:

FORA
DILLMA

E LEVE O PT JUNTO

PENSAMENTO DA SEMANA

O disfarce dos petistas é tão perfeito que a Dilma será proclamada e aclamada na convenção nacional do PT como candidata à reeleição e no prazo limite de até 20 dias antes das eleições esta renunciará, como candidata ao Planalto, e será substituída por Lula, ao apagar das luzes, o único com chance real em concorrer e ganhar das forças aliadas dos partidos de oposição, tendo o Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), na coordenação de um frentão nacional, com apoio de outros partidos dissidentes e descontentes com a forma de administrar e de fazer política dos companheiros do PT. (Em entrevista recente.)

Antônio de Almeida Sobrinho escreve semanalmente nos seguintes Portais:         www.rondonoticias.com.br e www.gentedeopiniao.com.br    www.emrondonia.com.br

ENTREVISTA: POLÊMICA CHEIA DO RIO MADEIRA




Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca (UFC), com Pós-Graduação em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira (UNIR), Pós-Graduação em Tecnologia do Pescado (UFRPE/FAO/Ministério da Agricultura) e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (UNIR).
Como Coordenador Regional da extinta SUDEPE - Superintendência do Desenvolvimento da Pesca, deu início aos primeiros trabalhos, no âmbito da Pesca e Aquicultura no Estado de Rondônia, no período de 1986 a 1989, culminando com a viabilização e implementação da Estação de Piscicultura de Rondônia e início de uma nova fase do setor produtivo primário: a piscicultura, em nível de produtor rural e de piscicultor.
Como sindicalista, foi o primeiro Diretor Social e o segundo Presidente do SENGE-RO – Sindicato dos Engenheiros do Estado de Rondônia, no período de 1986 a 1989.
Antônio de Almeida Sobrinho foi aluno do conceituado Professor José Galizia Tundizi, PhD, e Professor de Limnologia da Universidade Federal de São Carlos, autor de vários livros sobre água, limnologia, meio ambiente e Presidente do Instituto Internacional de Ecologia – IIE, com sede em São Carlos –SP.
Hoje, Antônio de Almeida Sobrinho é colaborador dos Portais: www.rondonoticias.com.br, www.gentedeopiniao.com.br e www.emrondonia.com.br e Diretor Presidente da Pacaas Engenharia Oportunidades e Soluções Ltda onde atua como consultor técnico, com ênfase junto à atividade de pesca, aquicultura e meio ambiente.



█ www.rondonoticias.com.br: Por que as empresas responsáveis e a classe políticas estão em silêncio diante da maior cheia do rio Madeira que vem se transformando no maior desastre ambiental para a Bolívia e num dos maiores transtornos para os estados de Rondônia e do Acre?
AAS – A classe política do estado de Rondônia apoiou veementemente a construção das obras hidrelétricas do rio Madeira, (com raras exceções), tanto verbal, como no silêncio, em forma de documento, como através de influências políticas, e a formalização e recebimento de benesses, com apoio financeiro e ajuda de campanhas se tornaram lógicas, justas e merecidas, no entendimento entre as partes. Como agora estes políticos podem falar alguma coisa? Estão amordaçados e de mãos atadas.
█ www.rondonoticias.com.br: Quais os culpados diretos e indiretos pela cheia do rio Madeira ou são conjecturas científicas, com vistas em consultorias milionárias?
AAS – As especulações são muitas. De técnico de futebol e de analista ambiental o Brasil está cheio, principalmente neste momento de copa do mundo e de cheia do rio Madeira. Pior do que as especulações infundadas e se falar besteiras é o silencio da classe política e das empresas responsáveis, e, quando se pronunciam, fazem semelhante à presidente Dilma Rosseff que sobrevoou as áreas alagadas do Estado e falou sem conhecimento de causa e em tom de se eximir de culpa, sem nenhuma fundamentação técnica e científica “[ ... de que a cheia do rio Madeira não tinha nenhuma relação com as obras das usinas hidrelétricas em construção em Rondônia...]” e, depois, culpar a Bolívia pelo excesso de chuvas nas cabeceiras do rio Madeira. Têm culpados, sim. Vamos tentar explicar, com os mínimos detalhes. É por isso que neste momento o profissional que não é chapa branca leva muitas vantagens. Não se tem rabo preso com qualquer que seja o grupo político ou empresarial. Se considerarmos o teor do bate boca entre os diretores dos consórcios construtores pelas obras hidrelétricas do rio Madeira, os culpados estão bem próximos de todos nós e se defendem, a todo custo, e em tom bem acirrados como se pode perceber no texto que estamos reproduzindo  onde consta o desabafo do presidente da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), Victor Paranhos, sobre a culpa do agravamento da atual cheia do rio Madeira: “[... se a Santo Antônio Energia S.A (SAE) seguisse a regra proposta à ANA, em março de 2012, os impactos em Jaci-Paraná e em Porto Velho seriam inferiores ao verificado atualmente. Pela proposta, continua Paranhos, a Santo Antônio Energia S.A teria de iniciar a redução do nível do reservatório para a cota de 68,5 m quando a vazão do rio chegasse a 34 mil metros cúbicos/segundos. No dia 3 de fevereiro de 2014 o reservatório estava na cota 70,4 e a vazão de 38.315,68 metros cúbicos por segundo].” Para se ter um referencial da magnitude desta cheia do rio Madeira vejam as marcas históricas anteriores e compare com o nível atual. Em 1997, a marca histórica chegou a uma vazão de 47 mil m³ por segundo. Temos informações de que a vazão do rio Madeira já superou a vazão de uma semana atrás quando fora registrada uma vazão na ordem de 54,3 mil m³ por segundo e isto significa dizer que o nível da cheia de 2014 se aproxima de 16% superior da marca história anterior de 1997.
█ www.rondonoticias.com.br: Com todo aquele aparato científico e uma fábula de recursos financeiros, pagos com consultorias especiais na realização dos estudos ambientais e na elaboração do EIA/RIMA, ainda ocorreram falhas técnicas que possam responsabilizar os consórcios construtores das UHE Santo Antônio e UHE Jirau pela polêmica e inédita cheia do rio Madeira?
AAS – Quem tiver disposição para ler e interpretar o Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA que licenciou a UHE Santo Antônio e a UHE Jirau irá constatar que na pressa para iniciar as obras de ambos os empreendimentos hidrelétricos, algumas etapas técnicas foram invertidas, tais como se podem enumeras as mais simples. Neste sentido, vamos citar algumas incongruências para melhor entendimento do prezado leitor:
·         Quando um empresário decide construir um empreendimento hidrelétrico ou mesmo de piscicultura este deve procurar uma empresa credenciada, idônea e competente e que possa lhe orientar sobre os prós e os contras do projeto. Quando os custos das obras para mitigar os impactos sociais e ambientais forem superior aos custos das obras para implementação do empreendimento, normalmente os profissionais responsáveis pela empresa consultora mostram uma planilha orientando sobre a provável inviabilidade econômica e ambiental do investimento;
·         Quando um determinado empresário decide implementar um projeto semelhante ao anterior, este passará a assumir todos os passivos ambientais, até então existentes,  e no Plano de Controle Ambiental – PCA ou no Estudo de Impacto Ambiental - EIA/RIMA deverá ficar bem claro que todos os impactos ambientais serão mitigados e monitorados, periodicamente, não importando se antes da construção das obras já existiam naturalmente estes mencionados impactos;
·         Se antes do início da construção das obras as empresas que foram contratadas para elaborarem os estudos necessários para a elaboração do EIA/RIMA, tivessem levado em consideração os estudos topográficos e planialtimétricos, com a realização do Estudo de Impacto da Vizinhança, obrigatório no Estatuto da Cidade, mostrando as cotas e os trechos da BR-364 e RO-425, e quais cidades do entorno do empreendimento iriam sofrer alagamentos e em que níveis estas seriam alagadas, talvez os consórcios responsáveis tivessem pensado até duas vezes antes de iniciar as obras;
·         A não utilização de informações técnicas confiáveis sobre os níveis das cheias históricas para se adicionar a estes níveis uma margem de segurança como garantia  e se construir diques ou elevações de estradas ou vias de acesso para evitar o que hoje está ocorrendo: alagamento de vários bairros de Porto Velho; isolamento dos municípios de Nova Mamoré e de Guajará-Mirim e o estado do Acre;
·         Os planos de contingências vieram depois dos planos construtivos. Estas etapas são pré-requisitos técnicos, primários, obrigatórios e indispensáveis em quaisquer situações. Veja um exemplo visível aos olhos de todos: somente após da constatação dos famosos “banzeiros” que começaram a surgir do rio Madeira, provocados com o aumento da cota d’água e com a liberação da água, os desbarrancamentos das margens do rio Madeira foram intensificados, com a força e fúria da água  (as águas ficaram revoltadas, na versão dos ribeirinhos) colocando em risco a integridade física dos moradores residentes às margem direita e esquerda, principalmente no Bairro do Triângulo e na comunidade de São Sebastião. Somente após esta fase, e, nesta oportunidade, foi que a UHE Santo Antônio interditou a maioria das casas e removeu parte das famílias residentes, no trecho compreendido da construção das obras da UHE Santo Antônio ao Porto do Cai N’Água. As obras do plano de contingência foram providenciadas, de formas inadequadas, sem planejamento, sem critérios técnicos, com a utilização de britas jogadas sob as margens, que estavam se desbarrancando, que se o objetivo fora realmente para substituir o muro de arrimo das encostas, em processos de desmoronamento, estes serviços se constituíram como verdadeiros faz de conta e de desperdícios de recursos financeiros.


█ www.rondonoticias.com.br: Na verdade, quais são os pontos de estrangulamentos que possam responsabilizar as obras hidrelétricas do rio Madeira pelo atual nível desta cheia histórica, que afetou frontalmente os estados de Rondônia e do Acre e, ao mesmo tempo, vem causando transtorno à Bolívia?
AAS – É inquestionável os elevados índices de precipitações pluviométricas que vem se registrando nas cabeceiras da bacia hidrográfica do rio Madeira, na região dos Andes, em território da República da Bolívia, obras da natureza que independe de ações antrópicas, porém, a alerta fora feita  pelo Ministério Público do Estado de Rondônia — que fez muito bem feito o seu dever de casa — no que tange à preocupação com a abertura de comportas da UHE Santo Antônio e UHE Jirau, quando esta alerta fora feita bem antes do início da construção das obras hidrelétrica do rio Madeira, em 2007, através de expedição de documentos técnicos fundamentados e encaminhados aos poderem competentes para equacionar o problema, de acordo com o documento disponibilizado e que se teve acesso, tais como:
·         Documento do Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal, ajuizado como ACP’s,  no sentido de evitar que o órgão licenciador, o IBAMA, expedisse a respectiva Licença de Operação (L.O), em 2012, quando os significativos impactos começaram a se materializar com a presença de “banzeiros”  a jusante da UHE Santo Antônio, induzindo o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal, em forma conjunta, a ingressarem com uma ação civil pública junto à Justiça Federal, em julho de 2012,  a fim de impedir o IBAMA a aprovação da Licença de Operação (L.O) para que a Santo Antônio Energia S.A concedesse a elevação da cota de 70,5 m para 71,3 m,  até que fossem cumpridas todas as condicionantes apontadas na Nota Técnica 5493/2013.
·         Fragmento do texto veiculado e remetido para a mídia eletrônica, falada e televisada, colocando os pingos nos “is”, e dando nomes aos bois, extraído do documento apresentado pelo Ministério Público Estadual,  com o seguinte teor:  
 [ ... neste mês de fevereiro de 2014, obtiveram na 5ª Vara Federal em Rondônia por meio de pedido de reconsideração, liminar para impedir que a Santo Antônio Energia proceda ao aumento da cota do seu reservatório de 70,5 para 71,3 m. Esta elevação, se ocorresse, poderia causar danos ainda mais desastrosos do que os já presenciados atualmente: inundações em vários bairros e distritos de Porto Velho e, que, nos próximos dias, podem afetar prédios públicos como o Tribunal Regional Eleitoral e a Justiça Federal, os quais certamente deverão ser desocupados por causa de chegada das águas do rio Madeira ... ].
█ www.rondonoticias.com.br: Você teria como nominar os verdadeiros culpados pela cheia histórica do rio Madeira?
AAS –: Não vejo nenhum empecilho em relacionar na ordem hierárquica de responsabilidades os responsáveis, diretos e indiretos, por tudo que está ocorrendo com a cheia do rio Madeira — que pela primeira vez vem afetando, diretamente, ao mesmo tempo, os estado de Rondônia e do Acre. Neste sentido, tornam-se necessários se interditar a geração de energia elétrica, em ambos as empresas: UHE Santo Antônio e UHE Jirau, por um período suficiente para que os estudos ambientais sejam complementados para, depois, se revelar com todas as letras os verdadeiros responsáveis e culpados por todos estes danos ambientais — que somente no lado do Brasil os prejuízos materiais causados pela cheia do rio Madeira, estão sendo estimados em torno de R$ 3.000.000,00 (Três bilhões de reais), em decorrência das enchentes do rio Madeira. Neste sentido, pretendemos fazer um relato preliminar porque a conclusão final somente poderá ser revelada após a realização de todos os estudos ambientais que estarão sendo solicitados pelo Ministério Público Estadual - MPE, Ministério Público Federal – MPF e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. 
·         Em primeiro plano, se poderia culpar a NATUREZA, tendo como gestor o Grande Arquiteto do Universo (G.A.D.U),  por ser benevolente, caprichar e não fazer economia de água remetida para Rondônia, através de elevados níveis de precipitações pluviométricas, com especial destaque para as cabeceiras dos rios, principalmente nos Andes, em território da República da Bolívia, rio Madre Dios e rio Beni, e ao longo da bacia hidrográfica do rio Madeira;
·         No segundo momento, os profissionais e as empresas responsáveis pela elaboração do EIA/RIMA que licenciaram a UHE Santo Antônio e, em seguida, a UHE Jirau;
·         No terceiro momento, o PODER PÚBLICO, através do IBAMA, que não tem atendido as recomendações do Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal e liberaram a Licença de Operação (L.O), com a ausência de Estudo de Impacto da Vizinhança, exigido pelo Estatuto da Cidade, com prováveis pressões políticas, sem a devida certeza  da indispensáveis projeções dos níveis de água do rio Madeira  a que poderia chegar e quais cidades e possíveis danos ambientais iriam causar.
·         E, em quarto momento, no ponto de vista técnico, são responsáveis diretos por tudo que está ocorrendo com as enchentes e com o isolamento de vários municípios do estado de Rondônia os Consórcios Santo Antônio Energia S.A e a Energia Sustentável do Brasil S.A como responsáveis pela construção das obras hidrelétricas de grande porte e de altos impactos ambientais;
·         No quinto momento, deve-se, também, considerar o ponto de vista ambiental e  responsabilizar primariamente os consórcios pela construção das obras hidrelétricas do rio Madeira (UHE Santo Antônio e UHE Jirau) pelas enchentes da bacia hidrográfica do rio Madeira,  no tocante à falhas técnicas do diagnóstico ambiental e nos estudos topográficos e planialtimétricos  que fundamentaram a elaboração do EIA/RIMA — quando não detectaram as cotas em que as águas iriam inundar alguns trechos das principais vias de acesso  ao município de Guajará-Mirim e ao  estado do Acre.
█ www.rondonoticias.com.br: Para maior compreensão do leitor, você poderia exemplificar esta situação?
AAS –: Nós que atuamos com a atividade da piscicultura e de meio ambiente, trabalhando  diretamente com situações emblemáticas semelhantes a estas que estamos vivenciado com as cheia do rio Madeira, guardadas as devidas proporções, e quase sempre nos deparamos com casos similares a este — que queremos incorporar a esta resposta como situação vivenciada com uma demanda empresarial para o melhor entendimento do prezado leitor: um determinado empresário, em Porto Velho, nos contratou para elaborar um Projeto de Piscicultura, incluindo a elaboração do Plano de Controle Ambiental – PCA. Ao realizar a topografia de toda a área, verificou-se que a estrada, contígua à propriedade, iria ficar intransitável e os principais vizinhos iriam sofrer alagamentos, ficar isolados e impossibilitados de transitarem e de escoarem suas produções.  O empresário empreendedor foi alertado e concordou em elevar os trechos da estrada que iria sofrer alagação e, também, ficou acordado no PCA que o nível da cota de água iria ser mantido, no nível médio de seu reservatório, sob pena de afetar a maioria dos proprietários de áreas a montante e a jusante de seu empreendimento e, assim, se criar problemas sérios com quase toda a vizinhança. Para tanto, podemos afirmar com todas as letras que as empresas responsáveis pelas obras hidrelétricas do rio Madeira não levaram em consideração as marcas históricas de cheias do rio Madeira e não consideraram relevantes o Estudo de Impacto de Vizinhança, exigido no Estatuto da Cidade, quando da realização dos estudos topográficas e planialtimétricos que revelam claramente as cotas que sofrerão alagamentos, independentemente da distância.
█ www.rondonoticias.com.br: Existem outros fundamentos científicos capazes de desmistificar a polêmica e emblemática cheia do rio Madeira e revelar com precisão os verdadeiros culpados por alagar os estados de Rondônia e Acre, e deixar a Bolívia debaixo d’água?
AAS – Muitos ainda não entenderam a diferença entre o funcionamento das turbinas da UHE Samuel  e UHE Santo Antônio e UHE Jirau. Quanto ao funcionamento da UHE, Samuel tiveram que construir a barragem sobre o rio Jamari e fazer as paredes para armazenar a água a um determinado volume para que água tenha queda e força suficiente para fazer girar e funcionar as turbinas e, assim, gerar energia elétrica. Neste caso, o lado onde a água se acumula é chamado de montante, com uma média anual em torno de 38 metros de profundidade, enquanto o outro lado, antes da barragem é chamado de jusante, quando o leito do rio fica recebendo apenas a água que passa nas comportas e faz girar as turbinas. No caso das UHE Santo Antônio e UHE Jirau são chamadas estruturantes, são de superfície, como o rio Madeira tem fortes correntezas, a água faz girar as turbinas e, assim, esta energia proveniente da velocidade da água se transforma em energia elétrica. Neste caso, os níveis da água, a montante e a jusante, do ponto de vista aparente, têm os mesmos níveis. Como o rio Madeira transporta sedimentos andinos, agravados com a velocidade da água que intensifica o desbarrancamento das encostas, estes sedimentos vão se decantando, ao longo dos reservatórios, que são tecnicamente chamados de curva de remanso, e em não se sabendo em quais níveis são aumentados no fundo do rio não se podem estimar as consequências e as proporções e por quanto tempo as cheias se possam prolongar. Em entrevista veiculada na mídia eletrônica regional, pelo respeitado Professor Artur  Moret, da Universidade Federal de Rondônia – UNIR,  em consonância com conceitos formulados e vivenciados pelo conceituado hidrólogo Jorge Molina, quando este afirma categoricamente  e com muito precisão sobre os  possíveis eleitos desta curva de remanso será capaz de produzir efeitos catastróficos em Rondônia e na Bolívia. Acredita-se que dependendo da complexidade dos resultados dos estudos que deverão ser refeitos e fiscalizados por os órgãos que ora estão exigindo a conclusão científica e precisa — podendo até ocorrer, num futuro bem próximo, a paralisação da operacionalização das hidrelétricas do rio Madeira, como forma de salvar as Províncias do Departamento do Beni e para se evitar um cáos ambiental, com o agravamento do problema atual. 
█ www.rondonoticias.com.br: Como assim? Você poderia dar mais detalhes e exemplificar?
AAS – Vejamos um exemplo bem prático que vem ocorrendo aqui próximo da cidade de Porto Velho: com o surgimento dos banzeiros que acarretam as quedas bruscas de barreiras (o desbarrancamento brusco e constante das margens do rio Madeira) o que se pode observar, a olho nu, é que quando estas encostas (barrancos do rio)  caem para dentro da calha do rio e este se torna automaticamente mais raso (assoreamento) e a água que antes passava livremente agora, transborda e alaga os Bairros periféricos da capital, tendo como agravantes a sedimentação de materiais orgânicas carreadas dos Andes, que em determinados anos vinham formando ilhas temporárias em determinados pontos do rio Madeira.  Caso semelhante vem, também, ocorrendo entre as UHE Jirau e a Bolívia. Como esta curva de remanso é bem mais intensa nesta área do que a da UHE Santo Antônio, e o volume de material sedimentado é bem mais superior ao da UHE Santo Antônio, este trecho a montante da UHE Jirau e a Bolívia fica bem mais raso, faz com que o refluxo das águas ocorram com maiores volumes e as consequências serão imprevisíveis e fizeram com que a Bolívia hoje se encontre em estado de calamidade pública e em desespero total.
█ www.rondonoticias.com.br: Quanto a afirmativa da presidente Dilma Rosseff de que as obras hidrelétricas do rio Madeira não tem nada a ver com o nível desta cheia história?.
AAS – A presidente Dilma Rosseff foi realmente muito infeliz e não tem informações técnicas suficientes para afirmar que os consórcios construtores da UHE Santo Antônio e UHE Jirau são  culpados ou inocentes pelos danos ambientais causados, até então pela cheia do rio Madeira, sendo interpretado como uma forma de se eximir da culpa pela construção das obras hidrelétricas do Madeira.  Este gesto da presidente Dilma foi visto com muita estranheza ao visitar o estado de Rondônia, a toque de Cometa Halley, (como fora apelidada) com um simples sobrevoou as áreas alagadas do rio Madeira. Para um bom entendedor e observador este gesto se constitui em uma falta de respeito e de consideração para com a comunidade científica e de pesquisadores e, ao mesmo tempo uma falta de respeito para com os seus eleitores e concidadãos brasileiros — para com os filhos de Rondônia e outros que escolheram e adotaram este Estado com seu torrão natal. Ela, por certo se esqueceu que daqui há pouco estão chegando as eleições ou talvez os votos da população de Rondônia não tenham muita importância para a sua eleição em outubro próximo. Por outro lado, pode-se, também, interpretar que a presidente Dilma está fugindo de Rondônia em decorrência de uma visita oficial que fora cancelada, recentemente, em decorrência de uma grande manifestação que se preparava para lhe recepcionar, composta por funcionários públicos e de membros de entidades de classe, que iriam reivindicar da presidente as justificativas e os motivos que levaram ao fiasco da transposição dos servidores públicos para ingressarem no plano federal da União. Os funerais do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, foram motivos muito bem justificados e oportunos para o cancelamento da visita oficial de presidente Dilma Rossef ao estado de Rondônia. E a população que se arrebente e procure suas melhorias.
█ www.rondonoticias.com.br: Qual o seu comentário para agradecer e encerrar esta entrevista?
AAS – Gostaria de me colocar à disposição das entidades governamentais e não governamentais, como já estou fazendo junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Rondônia - CREA-RO, para contribuir com os estudos ambientais que estarão sendo solicitados pelo Ministério Público Estadual – MPE; Ministério Público Federal – MPF; e Ordem dos Advogados do Brasil - OAB-RO, e, assim, contribuir para minimizar as agruras e os sofrimentos de irmãos do Brasil e da Bolívia, atingidos pela cheia do rio Madeira e  que estão desalojados de suas residências e acompanhando no dia-a-dia os sofrimentos de suas famílias, em abrigos improvisados e desconfortáveis.
Tenham todos um bom dia.

(69) 8111-9492 e (69) 9270-8610 e (69) 8446-1730.
Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca e Analista Ambiental, Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente e Conselheiro Administrativo do SESCOOP/OCB-RO, 2013/2017.
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