domingo, 29 de julho de 2018

CONFÚCIO & RAUPP: ENFIM, JUNTOS

O Cálice de vinho está servido.
Quem fará jus?
Não se deve esquecer a máxima popular que devido ao uso por parte da população já se tornara adágio popular: “o político que trai o seu companheiro mais cedo ou mais tarde também trairá o seu eleitor”.
O então governador Confúcio Moura se licenciou do Governo de Rondônia, conforme exige a Constituição do Estado de Rondônia, para se tornar pré-candidato e concorrer a uma das vagas ao Senado da República, conforme entendimento com os caciques do MDB – leia-se presidente da legenda, Tomás Correia e o Senador Valdir Raupp — e na hora H a executiva estadual trincou os dentes e não mais concordava em homologar a candidatura de Confúcio Moura.
E, agora José? Aí  são nestas horas que um homem pacifista e pacificador se transforma num leão sanguinário e vira bicho e se transforma num lobisomem. E foi o que fez os fies seguidores e escudeiros do ex-governador Confúcio Moura.
POR QUE esta mudança da executiva do MDB em não mais apoiar a pré-candidatura do ex-governador Confúcio Moura?
RESPOSTA: Diante da estatura de diversos pré-candidatos ao Senado da República, em diversos partidos de oposição, a executiva estadual visualizou e entendeu que o MDB não elegeria os seus dois pretensos pré-candidatos (Raupp + Confúcio) e como o Senador Valdir Raupp detém a liderança sobre a maioria dos delegados do MDB:  prevaleceu até à convenção a máxima do provérbio popular – “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.
TAPA NA CARA: A Convenção do MDB neste dia 28 de julho, realizada na Sede do MDB, se tornou uma verdadeira arena de guerra, desde simples discursões, disse-me-disse, empurrões, socos e pontapés,   culminando com um tapa na cara sofrido por Emerson Castro, fruto do descontrole emocional do presidente do partido, suplente de Senador Tomás Correia.
CONFÚCIO MOURA: Todos que conhecem o ex-governador Confúcio Moura e admira suas qualidades — quer como ser humano, quer como gestor público, o que mais cativam as pessoas são sem dúvida: sua humildade espontânea e seu nível de tolerância quando o assunto é lidar com a criatura humana. Você vê sempre um homem cauteloso, afável, educado, com frases curtas, quase próximo ao laconismo, não se irrita com pouca coisa e tem duas virtudes que poucas criaturas humanas dispõem, ao mesmo tempo: não desqualifica o companheiro e o adversário e sua capacidade de perdoar o desafeto no momento de alta pressão é capaz de impressionar os estudiosos em parapsicologia humana. Apesar de nunca ter participado de seu governo, pelo contrário, até ter saído do Estado por razões que não convém mencionar, retornando após a sua renúncia para complementar nossas atividades que ainda não foram concluídas.

Por um lado parece paradoxal, porém é desta maneira que vejo o cidadão Confúcio Moura, e, portanto, não sou suspeito ao falar sobre as qualidades de Confúcio Moura, visto no prisma político, de gestor  público e de ser humano — com muitas qualidades em um ser humano, incompatíveis com o massacre que sofrera  neste período e nestas poucas horas da Convenção do MDB, neste 28 de julho, em Porto Velho, na cidade de Porto Velho, capital do estado de Rondônia.


Para ilustrar o resultado da convenção do MDB, no estado de Rondônia, ocorrido neste 28 de julho de 2018, eu vou parafrasear uma Fábula do Khalil Gibran, para maior compreensão de nossos leitores:
Numa cidade muito distante, cujo nome poucos sabiam pronunciar, governada por um político muito poderoso e sábio, muito respeitado por seus súditos e temido por seus desafetos. Não perdia uma disputa e seu nome era sempre a cabeça da chapa. Era tiro e queda. Era se candidatar e ver o resultado positivo.
A cidade era abastecida por um único poço d’água. Sem nenhuma exceção, quando o chafariz jorrava água doce e cristalina, durante 24 horas, do dia e da noite.
De repente surge na cidade uma boataria de que na calada da noite aparecera uma velhinha feiticeira que gostaria em ter seu nome na placa da fama e decidiu pôr 7 gotas de um líquido misterioso no poço de água para que todos que tomassem daquela água se tornasse, de imediato, em estado de loucura — e ficar louco varrido, de jogar pedra na lua e, neste estágio de loucura, todos teriam a sensação de que o errado passaria a se tornar o certo.
Para desespero da velha feiticeira, somente o político famoso e seu assistente não beberam daquela água, a história vazou, e toda a comunidade fora acometida de uma loucura instantânea e para maior espanto todos se conscientizaram que o político e seu assistente estavam doentes, enquanto toda a comunidade estava lúcida — é aquele fenômeno do comportamento coletivo que o inconsciente se parece consciente.
Para não se parecer louco na ótica de seus súditos, o político e seu assistente que ainda não houvera tomado da água  que a feiticeira colocara as sete gotas do produto misterioso, o político e seu assistente pediram para tomar um cálice cada, do líquido de tal água para ficar equilibrado com o pensamento de seus súditos loucos.
No caso da Convenção do MDB de Rondônia,  um fato pitoresco ocorreu  assemelhando-se à loucura da água envenenada:
ANTES DA CONVENÇÃO: Senador Valdir Raupp  e seus seguidores apostavam todas as suas fichas como o cobertor que abriga do frio do MDB  serveria apenas para um candidato ao Senado da República, com a justificativa de que os demais candidatos de oposição fariam, com certeza, um outro candidato ao Senado.
APÓS A CONVENÇÃO: Com os ânimos recuperados e passados aqueles momentos de guerra e de discursões acirradas, o pensamento da cúpula do MDB mudou e aqueles votos que iriam escoar pelo canal para candidatos de oposição irão agora ser pulverizados e cor certeza poderão se diluir para um grande número de candidatos e, na verdade, somente serão eleitos os dois candidatos ao Senado que tiverem os maiores números de votos.
Da mesma forma que a história da velha feiticeira nunca existira — na verdade fora simplesmente para ilustrar a fábula da água envenenada, como a contagem de votos, para mais ou para menos, tanto de Valdir Raupp, quanto de Confúcio Moura que se assemelha à fábula aqui mostrada. Se os dois estiverem unidos e trabalharem com seriedade, cada um pedindo votos cada qual para ambos, os dois têm grandes possibilidades em saírem das urnas eletrônicas vitoriosos. Caso  contrário, poderão amargar o sabor da derrota, tomarem cada um o CÁLICE da água do poço com as 7 gotas do veneno que a velha feiticeira o envenenara e morrerem abraços e cantando a erudita música do Chico Buarque:
Pai! Afasta de mim este cálice!
Pai! Afasta de mim este cálice!
Pai! Afasta de mim este cálice!
PENSAMENTO DA SEMANA
Quando você levantar o braço para bater em seu filho, ainda com o braço no ar, pense se não seria mais educativo se você descesse esse braço de forma a acariciá-lo, em vez de machucá-lo.
Khalil Gibran
Antônio De Almeida Sobrinho escreve semanalmente nos seguintes Portais e veículos de comunicação:
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Facebook Antônio de Almeida Sobrinho
Presidente do Conselho de Honra da Academia de Letras de Jaguaruana – ALJ.


sábado, 7 de julho de 2018

CONFÚCIO PRETERIDO PARA O SENADO: MDB SE ARRISCA



TRATAMENTO VIP: Enquanto o Confúcio Moura exerceu o cargo de governador do estado de Rondônia o tratamento de Vossa Excelência falou sempre bem alto e o respeito prevaleceu, reciprocamente, entre o Rei (governador) e seus súditos (executiva do MDB),  com raras exceções — sempre que as cobranças excediam os limites de tolerâncias e extrapolavam suas cotas de interesses pessoais, em detrimento do público alvo, a população.
ADMINISTRAÇÃO DE EXCELÊNCIA: Até aí tudo funcionou a mil maravilhas. O governador Confúcio Moura com uma administração avaliada e considerada em nível nacional com destaque, durante dois mandatos sucessivos e deixou o estado de Rondônia com as finanças em dia e administrativamente considerada no AZUL, e com um nível de aprovação acima da média nacional, dentre todos os demais governadores.
REI POSTO, REI MORTO: Após o então governador Confúcio Moura se licenciar, o clima que já não estava muito confortável e estável tomou uma nova forma — até o sol se escondeu e as nuvens se escureceram — tudo isto mostrando a insatisfação da cúpula do MDB diante da pré-disposição do pré-candidato Confúcio Moura que deixou o Governo disposto a concorrer a uma vaga no Senado da República, mesmo sabendo que o atual Senador Valdir Raupp busca a todo custo a reeleição e a legenda (MDB) tem o cobertor curto e não abriga do frio os sufrágios suficientes para eleger os dois postulantes (Raupp + Confúcio). Na ótica do MDB.
O LADO PESSOAL PREVALECE: Neste caso se aplica a utilização do adágio popular: “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
NA POLÍTICA NÃO TEM AMIZADE: No jogo pesado da política a amizade pessoal sempre foi colocada em segundo ou terceiro planos e leva sempre vantagem aquele que tiver o maior poder de barganha e neste caso mencionado: votos.
QUEM TEM MAIS VOTO: Quando se encontra em discursão o interesse político não tenhamos nenhuma dúvida de que o ex-governador Confúcio Moura que preparou os alicerces   de sua candidatura e se esqueceu que nem sempre nestas alturas do campeonato político a homologação dos nomes para preencherem as candidaturas são feitas pela executiva nacional do partido, neste caso o MDB, são estes membros quem ditam as normas. É muito natural que neste caso o Senador Valdir Raupp tem as cartas necessárias para ganhar a indicação e encerrar a partida.
DO AFOGADO, O CHAPÉU: Considerando que neste momento a legislação eleitoral não mais permitirá que o pré-candidato troque de partido, o ex-governador Confúcio terá somente duas alternativas: buscar aplicar a sua capacidade reconciliadora, que lhe é peculiar e convencer a cúpula do MDB que diante da atual conjuntura política será mais fácil o MDB eleger os dois senadores (Valdir Raupp + Confúcio Moura) a disputar com um único candidato e correr o risco da legenda não eleger nenhum senador; e, a segunda, ter realmente bastante humildade, pé no chão e cuca fresca para aceitar em concorrer uma cadeira na Câmara Federal, onde atuou por duas legislaturas com dedicação, desenvoltura e representatividade dos interesses do estado de Rondônia.
MDB SE ARRISCA: Com o nítido desgaste político do Senador Valdir Raupp — em decorrência da massificação e de veiculação de notícias na mídia eletrônica, falada, escrita e televisada e das redes sociais — de citações em delações premiadas e após se tornar réu na Lava Jato – mesmo sem nenhum julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o pré-candidato pode ter surpresas não muito agradáveis e não deve preparar suas alegrias, porque sempre em casos semelhantes uma nova surpresa poderá o surpreender, tendo em vista o nível da concorrência, tais como:
A pré-candidatura do atual Deputado Federal MARCOS ROGÉRIO (DEM-RO), com apoio integral do cooperativismo, da rede de bancos cooperativos e de lideranças comunitárias de todo o estado;
A pré-candidatura DO PASTOR ALUÍSIO VIDAL (Rede), com apoio dos evangélicos e afins;
A pré-candidatura da ex-Senadora FÁTIMA CLEIDE (PT) que já está fazendo barulho e promete retornar ao seu reduto eleitoral e retornar ao Senador Federal onde representou com desenvoltura a população de Rondônia;
A pré-candidatura de JESUALDO PIRES (PSB) que com o apoio do Governador Daniel Pereira terá votos a perder de vista e comprometer os planos de todos aqueles que atuam com o já ganhou;
A pré-candidatura do ex-senador EXPEDITO JUNIOR (PSDB), com uma aliança com o ex-governador Ivo Cassol que por problemas jurídicos está sendo considerado inelegível e, mesmo assim, tem dividendos políticos capazes de definir uma eleição majoritária a governador de Rondônia e contribuir sobremaneira para fazer uma cadeira de Senador da República, dentre outros pré-candidatos que se preparam para começar suas campanhas eleitorais.

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