Camarão do Equador (Litopenaeus vannamei).
Diversas entidades brasileiras ligadas à produção de camarão no
Brasil, dentre elas a Associação Brasileira de Criadores de Camarão - ABCC,
tendo como presidente o engenheiro de pesca Itamar Rocha, promete entrar na
Justiça caso o Governo do Brasil publique no Diário Oficial da União a
importação deste crustáceo.
Se o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA insistir em autorizar a
importação de camarão do Equador e publicar esta autorização os maiores
penalizados serão: os carcinicultores do Brasil que além de não receberem
subsídios do Governo terão que concorrer com produtos subsidiados e sobreviver,
sem apoio governamental com o problema da Síndrome do Vírus da Mancha Branca
(WSSV – White Spot Syndrome Virus) e a nossa biodiversidade estará vulnerável a mais dez (10) doenças
endêmicas, em níveis da presente mancha branca, neste camarão que deverá ser
importado.
O Equador — como
o maior produtor de camarão da América do Sul —, detentor de tecnologia de
ponta para conviver pacificamente com a WSSV
e outras dez (10) doenças endêmicas neste crustáceo naquele país, com uma produção subsidiada pelo Governo, despertando
a partir daí que os exportadores de camarão vislumbrassem o mercado do Brasil
para vender parte de sua produção, com a justificativa de que o mercado do
Brasil está desabastecido, com a redução da produção, em decorrência da crise
da Síndrome do Vírus da Mancha Branca e com a alta dos preços deste produto para
o consumidor final.
EUA: UM MODELO A SER SEGUIDO PELO BRASIL
Os EUA decidiram impor
barreiras tarifárias sobre as importações de camarão equatoriano com a
justificativa de suposta concorrência desleal do país-sul-americano, disse à
AFP José Camposano, presidente da Câmara Nacional de Aquicultura – CNA, uma vez que estes produtores de camarão
recebem subsídios do Governo.
Esta atitude patriótica
deveria ser seguida pelo Governo do Presidente Michel Temer, a fim de defender
os interesse da economia do país e proteger
os carcinicultores que produzem o camarão para atender a demanda do
mercado interno e contribuem signitivamente para pagar seus impostos para o
Governo.
O Ceará como o
maior estado produtor de camarão do Brasil será o maior penalizado caso este
triste episódio venha a se concretizar.
Com o desmonte
da máquina administrativa dos últimos anos, ocorridos com os setores da pesca e
da aquicultura, este setor vem gradativamente se fragilizando, até se tornar
tão vulnerável que até a presente data ninguém sabe em que estrutura
organizacional do Governo estes se encontram — e em que estágios estão
funcionando, comprovando o que muitos falam, aos quatro ventos: é um verdadeiro
samba do crioulo doido, com falava e cantava o Sérgio Porto – “o Standislau
Ponte Preta”, assim degradados:
·
Extinção da Superintendência do
Desenvolvimento da Pesca –SUDEPE, na gestão do então presidente José Sarney;
·
Criação do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, quando incorporou
as atribuições da pesca e aquicultura para esta nova instituição, na gestão do
então presidente José Sarney.
·
Criação da Secretaria Especial
de Aquicultura e Pesca – SEAP/PR, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, com status de Ministério, assumindo as atribuições dos setores da pesca
e da aquicultura;
·
Criação do Ministério da Pesca
e Aquicultura – MPA pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva;
·
Extinção do Ministério da Pesca
e Aquicultura – MPA pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff;
·
Criação da Secretaria de
Aquicultura e Pesca – SAP e passa a funcionar dentro do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, na gestão da então presidente
Dilma Rousseff, retornando ao local de origem, desde os idos de 1987, onde
funcionou a então SUDEPE;
·
Agora, a gestão do presidente
Michel Temer retira a Secretaria de Aquicultura e Pesca – SAP do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA e repassa as suas atribuições ao Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MICES, a fim de completar a salada
de peixe com papelão.
IMPORTAÇÃO DO
CAMARÃO
Caso o Governo do Brasil
autorize a importação do camarão do Equador, os demais países da América do
Sul, principalmente a Argentina, também, ganhará na justiça o direito à
exportação de parte de sua produção de camarão produzido para ser
comercializado no Brasil – e, não tenha dúvida, será muito difícil a revitalização
da canicultura nacional - que vem sofrendo nos últimos anos com a instabilidade
política e institucional do Governo, por
ausência de incentivos governamentais, culminando com a crise fulminante
com a Síndrome do Vírus da Mancha Branca
(WSSV) que dizimou em 70% a produção de camarão do estado do Ceará, considerado
o maior pólo produtor do Brasil e responsável por 65% da produção de camarão,
em nível nacional.
AÇÃO NA JUSTIÇÃO CONTRA O GOVERNO A FIM DE PROIBIR A IMPORTAÇÃO DO CAMARÃO.
Acabo de ser informado, em
primeira mão, de que a Associação dos Criadores de Camarão do Brasil – ACCB, na
pessoa de seu presidente, engenheiro de pesca Itamar Rocha, estará contratando
neste momento o Escritório Tostes & Associados para ingressar na
justiça contra o MAPA, a fim de reverter a liberação da importação de
camarão do Equador.
Com a liberação da
importação de camarão para o Brasil, o Governo estará dando um tiro no pé e
outro no peito, ao mesmo tempo.
Por que o Governo do
Brasil não deveria autorizar a importação de camarão?
UM TIRO NO PÉ:
O Governo autoriza a
falência da carcinicultura nacional, uma vez que o Equador é o maior produtor
de camarão da América do Sul - que
apesar deste país ter sido, também,
vítima da Síndrome do Vírus da Mancha deu a volta por cima e se
capacitou para conviver pacificamente com este problema – e sem falar que parte
da produção equatoriana é subsidiada pelo Governo e este produto deverá chegar
ao Brasil por um preço bem inferior e, assim, inviabiliza a nossa produção.
UM TIRO NO
PEITO:
Com a
importação do camarão proveniente do Equador, o Governo do Brasil estará
decretando a falência da carcinicultura nacional e todos os carcinicultures,
sem exceção estarão saindo,
automaticamente do mercado, tendo os municípios mais afetados os do Vale
do Jaguaribe — Aracati e de Jaguaruana —
como os maiores pólos produtores de camarão do estado do Ceará, quando serão
mortos com um tiro no peito, sem direito à vela e sepultados como indigentes e sem
ter direto à missa de sétimo dia.
PENSAMENTO DO MÊS
Se o Governo do
presidente Michel Temer estiver mesmo ao lado do povo brasileiro não deve
permitir a importação de camarão do Equador, por razões muito óbvias: assinar a
importação do camarão do Equador é o mesmo que decretar a falência da
carcinicultura do Brasil e isto tem um nome muito especial – DESSERVIÇO
PRESTADO AO POVO DO BRASIL.
Antônio de
Almeida Sobrinho é Engenheiro de Pesca, com Mestrado em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente, Membro da Academia de Letras de Jaguaruana – ALJ e escreve semanalmente nos seguintes Portais
de Notícias:
BLGSPOT ESPINHA NA GARGANTA
Atualmente Antônio
de Almeida Sobrinho atua no estado do Ceará, precisamente na Região do Vale do
Jaguaribe, nos municípios de Aracati e Jaguaruana, com vistas à revitalização
dos Projetos de Carcinicultura da região, através de Biotecnologia direcionada
à Limnologia e as peculiaridades da aquicultura nacional, com à implementação
de Unidade de Observação (U.O) e Unidade Demonstrativa (U.D), com vistas à
convivência pacífica da criação de camarão com a Síndrome do Vívus da Mancha
Branca, em parceria com a Kayros Ambiental e Agrícola, com apoio científico da
USP e ESALQ.
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