Certa noite poupei a vida de um pequeno grilo cantador - daquele que quando começa a cantoria não quer mais parar.
Pensei em
tirar-lhe a vida - e no pensar ambiental - tive uma perfeita 'noite de terror',
daquela que o compositor gostaria de ter vivido e com bom motivo para compor.
Antes,
apareceu em silêncio, 'e com a cara de sonso, se livrou da morte.'
Depois, 'no silêncio da noite', cantou a noite toda, não
respirou, não comeu e nem bebeu, usou todos os seus instrumentos e me proibiu
de dormir, a noite inteira.
Quando tentei parar com aquela cantoria ele se escondeu, se
encantou a tal ponto que até me arrependi em não lhe ter tirado cedo, a vida.
MORAL DA HISTÓRIA:
Quem poupa a
vida, cedo de um grilo, não sabe o estrago que um grilo faz mais tarde na sua
vida.
GRILO DOMÉSTICO: GRYLLINAE
O GRILO é tido como o símbolo da sorte, sendo, portanto, salutar
recebê-lo em casa, que dar muita sorte.
Os chineses costumam manter os grilos como animais de estimação,
em gaiolas, como amuletos, e acreditam que eles trazem sorte para o lar.
Como o grilo canta no outono e morre no inverno, a poesia o adotou
como símbolo da solidão e da tristeza e definiu que o destino do ser humano
segue seus passos, de acordo com sua semelhança.
Sempre que um grilo surgir em sua casa não o sacrifique, mesmo
sabendo que terás a noite toda para ouvir a sua cantoria, em uma nota só, se
assemelhando à Bossa Nova do João Gilberto.
Tenham
todos um bom final de semana.
Antônio de Almeida Sobrinho escreve semanalmente
nos seguintes Portais de Notícias:
Blogspot ESPINHA NA GARGANTA
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