INÍCIO DA PISCICULTURA
A
piscicultura em Rondônia teve início nos idos de 1978, através da ASTER-RO,
hoje EMATER-RO, com a assinatura do Convênio de Cooperação entre a ASTER-RO e POLAMAZÔNIA, com o PESCART – Programa de Extensão Pesqueira, tendo
a interveniência da Superintendência do Desenvolvimento da Pesca – SUDEPE
(extinta), quando uma equipe de engenheiros de pesca (seis profissionais) foram
contratados pelo Governo do ex-Território Federal de Rondônia e colocados à
disposição da ASTER-RO para coordenar e implementar os primeiros trabalhos de
pesca e piscicultura, em níveis dos munícipios de Porto Velho, Guajará-Mirim e Costa
Marques.
SUDEPE EM RONDÔNIA
Com a instalação do estado
de Rondônia, o primeiro Governador eleito do Estado — Jerônimo Garcia de
Santana —, anunciou, dentre suas prioridades, o fortalecimento de organismos
regionais de desenvolvimento existentes, dentre tantos, a Superintendência do
Desenvolvimento da Pesca – SUDEPE (extinta). Em julho de 1987 foi instalada a
Agência Regional da SUDEPE do Estado de Rondônia quando os primeiros trabalhos
de piscicultura foram materializados, dentre tantos a construção da Estação de
Piscicultura de Porto Velho.
PRODUÇÃO DE ALEVINOS
Estação de Piscicultura de Porto Velho.
A Central de Produção de
Alevinos de Porto Velho – CPA
foi concebida através da elaboração do Projeto Técnico-Arquitetônico e
inaugurada com o título de Estação de Piscicultura de Porto Velho, em 1989,
pelo então Governador do Estado de Rondônia Jerônimo Garcia de Santana.
Em 1988, através da implementação
de um Convênio de Cooperação, celebrado entre a SUDEPE e o Governo de Rondônia,
através da então Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento -
SEAGRI-RO, considerada como o divisor de água entre o antes e o depois da
piscicultura, com a produção de alevinos de espécies regionais para atender
parte da demanda dos produtores rurais que desejavam iniciar seus primeiros
trabalhos de piscicultura em suas propriedades rurais.
ESTAÇÃO DE PISCICULTURA
No período de 1989 a 2010 a
Estação de Piscicultura de Porto Velho, construída com recursos do Governo
Federal, em Convênio de Cooperação Técnica assinado entre a SUDEPE (extinta) e
Governo do Estado de Rondônia, através da então SEAGRI-RO, funcionou e ofereceu
alguns resultados satisfatórios aos piscicultores de Rondônia, e aferiu
significativos lucros e benefícios financeiros a um grupo privado, numa
concessão irregular, de forma arranjada por padrinhos políticos, aferindo vantagens
financeiras aos apadrinhados terceirizados, até ser totalmente alagada pelas
águas do rio Madeira, em consequência das obras da Santo Antônio Energia S.A
CARECE UMA INVESTIGAÇÃO
‘Onde existe fumaça tem
fogo” e no caso da Estação de Piscicultura de Porto Velho, esta máxima não deve
fugir à regra geral. A Estação de Piscicultura de Porto Velho foi alagada pelas
água do rio Madeira, como consequência das obras da UHE Santo Antônio e é muito comum se ouvir a pergunta: ‘por que o Estado não cobrou e devida indenização por
estes danos ambientais causados com as obras hidrelétricas quando isto é
passível de ressarcimento, com a devida reparação dos danos causados?
POR QUE ESTAMOS EXUMANDO ESTE CADÁVEL
Não seria muito difícil se o
Ministério Público investigasse qual o verdadeiro motivo que levou o Estado a
se omitir em cobrar a reposição de uma obra construída com recursos do Governo
Federal e de suma importância para atender as necessidades de produção de
alevinos para fortalecer a piscicultura no estado de Rondônia.
OS ABUTRES SE LOCUPLETARAM
É realmente uma
manobra macabra o que ocorreu com a Estação de Piscicultura de Porto Velho, que
após tanta luta do então Governador Jerônimo Garcia de Santana, com diversas
idas a Brasília e de gestões políticas para tal fim, com a participação da
SUDEPE – quando tivemos a oportunidade, na época, na condição de Coordenador da
Agência Regional da SUDEPE de Rondônia — participar em todos os estágios da
elaboração do Projeto-Técnico e Arquitetônico, da concepção, das negociações
políticas, até de sua ‘gestação’, da implementação e operacionalização dos
primeiros passos da mencionada Estação de Piscicultura de Porto Velho e,
depois, ver os abutres se locupletarem e darem um triste fim. Isto é
lamentável.
QUAIS OS BENEFICIÁRIOS DA INDENIZAÇÃO
Mediante o exposto, se
tornaria muito interessante que o Ministério Público Federal, com o apoio da
Polícia Federal, investigasse, com rigor, para detectar os verdadeiros motivos
que levaram a tanto descaso com uma obra pública que se aplicou um investimento
de milhões de reais e de sua importância para o desenvolvimento e consolidação
da piscicultura de Rondônia. É bem provável que alguém se beneficiou com este
SILÊNCIO. Em última instância, em caso contrário, no mínimo o Estado seria
beneficiado com a construção de uma nova infraestrutura – Estação de
Piscicultura, como contrapartida pelos danos ambientais.
PISCICULTURA TEM MAIORIDADE
Após 38 anos de atuação em
Rondônia, a piscicultura atingiu a sua maioridade e apesar de muitos acertos e
tropeços esta atividade alcançou um lugar de destaque, em níveis regional e
nacional, quando segundo projeções de estatísticas do próprio Governo Estadual,
na safra de 2014/2015, atingira o volume de produção de pescado na ordem de 100
mil toneladas.
CARÊNCIA DE TECNOLOGIA
O setor primário do estado de Rondônia tem carência de tecnologia
alternativa para fortalecer as pilastras de sua cadeia produtiva e a
aquicultura é um segmento que tem um potencial plural — ao considerar que a
piscicultura de Rondônia desponta como uma atividade promissora, com uma produção
de pescado em torno de 100 mil toneladas, safra 2014/2015, de acordo com
projeções de estatísticas oficiais do Governo, e com deficiência de
infraestrutura física para produção de insumos básicos, como alevinos, ração e
gelo e agravada com a carência de gestão, em nível governamental.
PILOTO AUTOMÁTICO
Mediante o exposto, pode-se
concluir que a atividade da piscicultura desenvolvida no estado de Rondônia se
desenvolve liga no ‘piloto automático’, apesar da ausência de planejamento
estratégico, por ineficiência da utilização de políticas publicas e de ausência
de gestão deste tão importante segmento da economia regional — e não ter
contado com o apoio de organismos responsáveis para tal, ao lono dos anos, tais
como o Ministério de Pesca e Aquicultura – MPA (extinto em 2015) que sempre
teve uma administração pífia, em Rondônia, e sem uma política estadual de pesquisa,
fomento, extensão e de desenvolvimento sustentável para este setor.
RONDÔNIA NO CICLO DO CAMARÃO
Neste Curso Prático: Criação
de Camarão na Amazônia que será ministrado em Porto Velho, capital de Rondônia,
como iniciativa do CREA-RO e IBAPE-RO, e com o apoio do Sistema FECOMÉRCIO e
Sistema OCB/SESCOOP, que se realizará no
período de 28 a 31 de março – e 1 e 2 de abril de 2016, na cidade de Porto
Velho, quando os participantes do evento terão oportunidades em apreender as
técnicas de preparação e implementação de um Projeto de Criação de Camarão, em
sua propriedade, através de aulas teóricas e práticas, difundidas por profissionais
com graduação em Engenharia de Pesca, com Especialização e Mestrado em
piscicultura e carcinicultura (peixe + camarão) e com Doutorado em Produção
Animal.
QUALIFICAÇÃO SOBRE CAMARÃO
Este
evento será diferente dos demais ministrados anteriormente: após a conclusão do
Curso Prático: Criação de Camarão na Amazônia os participantes deste evento
terão a oportunidade em conhecer os principais Projetos do Pólo Camaroeiro do
estado do Ceará, especificamente nos municípios de Aracati e Jaguaruana, e conhecer,
‘in loco’ os maiores Projetos de Carcinicultura ali desenvolvidos,
utilizando-se as mais diversas técnicas de reprodução de pós-larvas do camarão
do Pacífico (Litopenaeus vannamei), de recria, de engorda, de beneficiamento,
de conservação, de acondicionamento e de comercialização.
RESPOSTA DA CRIAÇÃO DE CAMARÃO
Para que o
prezado leitor tenha uma ideia da viabilidade econômica do cultivo de 1,0 ha de
camarão da espécie camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei), podem-se mostrar os seguintes cálculos: com um 1,0 ha de
cultivo de camarão do Pacífico, no período de 95 dias, se pode produzir 4.000
kg, com o peso médio de 14 g e comercializado a R$ 30,00/kg, totalizando uma
receita bruta em torno de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Como a
carcinicultura (criação de camarão) o produtor pode atingir até três (3)
safras/ ano, conclui-se que em 1,0 ha de cultivo de camarão desta espécie
mencionada, se pode obter uma receita bruta anual em torno de R$ 360.000,00 (trezentos
e sessenta mil reais). Temos que considerar os Custos de Produção = Custos
Fixos e os Custos Variáveis para se obter esta produção. Neste caso, estes
custos para o cultivo do camarão do Pacífico em Rondônia giram em torno de 35% (segundo
o meu amigo Eng° de Pesca Ricardo Lincoln Barreira estes custos seriam um pouco
mais), digamos 50%, e ainda, assim, aferindo ao produtor uma receita líquida de
50%, isto é: de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais)/ano).
PENSAMENTO DO MÊS
A carcinicultura é
uma realidade irreversível no estado de Rondônia, mesmo contrariando interesses
de uma minoria que não tem compromisso com Rondônia e, nem tampouco, com o bem
estar, promoção socioeconômico do produtor rural e dos piscicultores que sofrem
com a deficiência e a má gestão de políticas públicas direcionadas para o setor
aquícola.
Para participar deste evento: CURSO
PRÁTICO DE CRIAÇÃO DE CAMARÃO NA AMAZÕNIA que está sendo
programado para ser realizado no período de 28 a 31 de março – 1 e 2 de abril
de 2016, com inscrições na Sede do
CREA-RO, sito à Rua Elias Gorayeb, nº 2596, Bairro Liberdade – CEP
76.803-903, no horário de 07h:30 às 14h:00 min.
Você, com certeza, estará fazendo o melhor investimento
de toda a sua vida.
Não pense duas vezes: Ligue para (69) 9919-8610;
(69)
2182-1095;
(69) 9268-1360.
Para maiores informações, fazer contato através de: WhatsApp (69) 9220-9736, falar com Antônio
de Almeida ou WhatsApp (69) 9200-8124, falar com Luisa Cabral.
VAGAS
LIMITADAS.
FAÇAM
TODOS, AGORA, BEM RÁPIDO, SUAS
INSCRIÇÕES.
Antônio de Almeida Sobrinho tem Graduação em Engenharia de Pesca – UFCE;
Pós-Graduação pela FAO e UFRPE em Tecnologia do Pescado; Pós-Graduação em
Análise Ambiental na Amazônia Brasileira – UNIR-RO e Mestrado em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente – UNIR.
Antônio
de Almeida Sobrinho escreve semanalmente nos seguintes Portais de Notícias:
e no Blog ESPINHA NA GARGANTA.
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