UM NEGÓCIO PARA ABASTECER DUBAI
Sempre
que falamos sobre a viabilidade do cultivo de camarão para o estado de
Rondônia, nos faz lembrar os maus momentos e das chacoalhadas que fomos
submetidos quando do início dos trabalhos de piscicultura em Rondônia: foram
motivos de risos e de fartas gargalhadas se falar em criar peixes na Amazônia,
quando se tinha uma grande fartura de cardumes e de exemplares de peixes que se
pescava até com as mãos: fartura aparente.
Com
o passar do tempo, consta-se que a produção de pescado no estado de Rondônia,
safra 2014/2015 gira em torno de 100 mil toneladas de pescado e com
perspectivas de um crescimento acima da média nacional, graças ao empenho da
iniciativa privada, do incentivo governamental, tendo deste o inicio dos
trabalhos de piscicultura a atuação contínua da EMATER-RO como uma verdadeira
alavanca propulsora e produtora de pescado, em níveis de propriedades rurais e
de assentamentos e merecedora de todos os créditos para o êxito desta atividade
do setor primário.
O
Conselho Regional de Engenharia do Estado de Rondônia – CREA-RO e IBAPE-RO, em
parceria com a PACAAS ENGENHARIA Ltda. estão incentivando o desenvolvimento
sustentável da aquicultura, através da realização do CURSO BÁSICO: CULTIVO
INTENSIVO SOBRE CAMARÃO E PIRARUCU NA AMAZÕNIA, no período de 24 a 29 de agosto
de 2015, no Auditório do SINDUSCON, no horário de 19h:30 às 22h:30 min. e no
dia 29 de agosto, sábado, teremos uma Aula Prática, em uma fazenda em Porto
Velho.
Neste
sentido, o CREA-RO, IBAPE-RO e PACAAS ENGENHARIA Ltda. estão apoiando a piscicultura e a carcinicultura, ao tempo em que vem apoiando os primeiros trabalhos
de introdução do camarão do Pacífico (Litopenaues
vannamei), em nível de propriedades rurais, e inicio dos trabalhos de
verticalização do pescado e o controle de sanidade animal.
Para
tanto, o CREA-RO, o IBAPE e a PACAAS ENGENHARIA Ltda. vêm contando com a
experiência e a nossa dedicação técnica, com a garantia de sucessos, no âmbito
dos trabalhos desenvolvidos em níveis estadual no estado de Rondônia.
Com este trabalho, pretende-se iniciar um novo
ciclo: investir no cultivo de Camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei), com
excelentes perspectivas para aproveitar racionalmente o potencial aquícola
regional, oferecendo mais uma alternativa socioeconômica ao produtor rural e ao
atual piscicultor — que se ressentem da deficiência de estrutura da cadeia
produtiva de pescado.
A realização do Curso Básico CULTIVO INTENSIVO
SOBRE CAMARÃO E PIRARUCU NA AMAZÔNIA se reveste de uma importância fundamental
para a implementação do cultivo de camarão na Amazônia brasileira, tendo
Rondônia sua localização geográfica estratégica para escoar sua produção e
pode, perfeitamente, atender as demandas e necessidades do mercado consumidor
da Região Norte do Brasil e exportar o excedente para os países da América do
Sul e demais continentes, uma vez que a saída para o Pacífico se tornou uma
realidade.
Em viagens de trabalho para países da África,
Ásia e da América do Sul tivemos a felicidade em realizar um detalhado e amplo
Estudo de Mercado sobre o Pescado, quando se constatou com uma excelente
descoberta: a garantia de um mercado virgem para comprar a produção de pescado
de Rondônia, com ênfase especial para a espécie pirarucu (Arapaima gigas,
SHINZ, 1822), uma vez que a população da capital do Peru (Lima), a grande Lima,
com uma população em torno de 12.000.000 de pessoas e com uma baixíssima
produção pesqueira, comprovando como um paradoxo para um país que já ocupou o
primeiro lugar no ranking mundial, como maior produtor de pescado mundial, hoje
não tem pescado para o consumo interno.
Quanto à participação do pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ, 1822) na
programação deste Curso Básico, temos por objetivo discutir com os
piscicultores da região o problema da sanidade animal desta espécie que vem se
desenvolvendo em Rondônia, chegando ao ponto de ser motivo de preocupação de
determinados segmentos sociais — uma vez que é uma espécie de nossa bacia
hidrográfica, com preferência do mercado e, ao mesmo tempo, vulnerável as
intempéries regionais, quando o problema é o ataque de parasitos e outros
agentes bacteriológicos que pode inibir e comprometer a atividade.
O principal ponto de estrangulamento no cultivo
semi-intensivo e intensivo do pirarucu é a deficiência de sua cadeia produtiva,
pois o estado não dispõe no momento de infraestrutura de produção, de
beneficiamento, de tecnologia do pescado em todas as fases, passando pelo
processamento, conservação, acondicionamento, estocagem e comercialização,
deixando, assim, o piscicultor com a produção estocada nos viveiros e com a
certeza de prejuízo garantido.
Queremos neste evento discutir com os segmentos
da cadeia produtiva do pirarucu em Rondônia para juntos encontrarmos uma saída
conciliadora para equacionar os principais problemas do setor pesqueiro, em
nível estadual.
Quero, aqui, nesta oportunidade parabenizar o
Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia – CREA-RO,
Engº Nélio Alencar, pela iniciativa e apoio à aqüicultura, na certeza de que o
CICLO DO CAMARÃO estará muito próximo e em vias de implementação.
PENSAMENTOS DA SEMANA
Como um ser humano é tão cara de pau em se
investir numa função de um gestor público
sem nunca ter administrado sequer um galinheiro.
Eu quero
ver quem irá limpar o poleiro depois.
Contatos:
Antônio
de Almeida Sobrinho escreve semanalmente nos seguintes Portais de Notícias:
e no Blog ESPINHA NA GARGANTA.
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