FOTO 01: MONUMENTO AO TAMBAQUI NA CIDADE DE URUPÁ-RO |
A espécie tambaqui (Colossoma macropomum, Cuvier, 1818) é considerada nobre pela população da Região Norte do Brasil e apreciada por todos, quase sem exceção, principalmente pelas populações tradicionais ribeirinhas da bacia hidrográfica do rio Amazonas, de seus afluentes e tributários, incluindo o rio Madeira Guaporé e Mamoré, em território do estado de Rondônia.
O tambaqui é sem dúvida o prato que tem maior preferência na região — quando a receita da culinária regional é de pescado, sendo preparado de diversas maneiras: assado na brasa; assado ao forno; em forma de caldeirada ou ao molho sendo, portanto, estas as receitas mais preferidas.
Nos idos de 1978 a 1980 era frequente a comercialização de exemplares da espécie tambaqui, no mercado municipal de Porto Velho, com peso de até 54 kg, sendo testemunhado por muitos pescadores e membros da Colônia de Pescadores como se podem citar para testemunhar o então Presidente da Colônia de Pescadores Z-1 Ten. Santana, Sr. Valter Canuto Neves e tantos outros que continuam entre nós para comprovar esta afirmação.
Aquela fartura de peixe que enchia a panela da população e os olhos de todos — chegando até a justificar que a piscicultura não teria espaço em Rondônia — hoje são recordações materializadas e comprovadas a sua necessidade: se os primeiros trabalhos de piscicultura não tivessem sido implantados naquela época hoje a população não estaria sendo abastecida por esta proteína tão rica de aminoácidos essenciais e indispensáveis à nossa alimentação.
O município de Urupá-RO tem uma piscicultura sendo desenvolvida por pequenos e médios produtores rurais sendo, hoje, considerado como o 2º maior pólo produtor de tambaqui de Rondônia quando estes produtores estão organizados através de uma entidade cooperativista — a COOPAUR – Cooperativa de Aquicultura de Urupá, com 300 piscicultores em franco declínio e de desistência de cooperados nesta organização e convivem com diversos problemas e dificuldades.
Acompanhado do presidente da OCB/SESCOOP-RO, Sr. Salatiel Rodrigues de Souza e dos Conselheiros Luiz Garcia de Souza – Conselho Fiscal (SESCOOP-RO) e Deogénos Bráz Pimentel, Conselheiro Administrativo (SESCOOP-RO), participou-se neste último dia 13 de março de 2015, na sede da COOPAUR – Cooperativa de Aquicultores do Município de Urupá-RO, e se pode detectar as principais reivindicações e necessidades do setor aquícola do município de Urupá, dentre tantos problemas se podem citar:
• ausência de políticas públicas para a piscicultura;
• inexistência de difusão de tecnologia do pescado e deficiência de assistência técnica de qualidade;
• deficiência de assistência organizacional para implementar uma gestão cooperativista compartilhada, eficiente e exitosa;
• ausência de infraestrutura física para armazenar e conservar o pescado;
• carência de tecnologia aquícola e gerencial;
• ausência de alevinos com qualidade e com preços compatíveis com as necessidades e do poder aquisitivo do setor primário;
• elevado preço da energia elétrica na região;
• baixa qualidade da ração e elevado preço;
• ausência de preço mínimo e dificuldade para escoar a produção;
Como contornar e salvar a piscicultura de Urupá e de Rondônia de um grande colapso?
Resposta: Recentemente ao ministrar uma aula inaugural para uma turma de Pós-Graduação em Piscicultura, ministrada pela ABRACE-BRASIL, em Porto Velho, eu afirmei, em alto e bom som: ‘a piscicultura é uma atividade primária que tem tudo para dar errado’. Após esta minha afirmação, todos os alunos do curso ficaram sem entender nada e começaram a se olhar, uns para os outros, como quem querendo perguntar: então a piscicultura é inviável?
MORAL DA HISTÓRIA: A piscicultura é uma atividade que exige precisão e não pode ser administrada por calouros, por principiante, por aproveitador e por oportunista. Quem investe na piscicultura não quer ter prejuízo e a única coisa que interessa é o resultado positivo e retorno financeiro.
Antônio de Almeida Sobrinho tem Graduação em Engenheiro de Pesca e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
Antônio de Almeida Sobrinho é colaborador dos seguintes Portais de Notícias:
www.efato.com.br
www.gentedeopiniao.com.br
FOTO 02: PERFIL DA PISCICULTURA DE URUPÁ-RO |
Como contornar e salvar a piscicultura de Urupá e de Rondônia de um grande colapso?
Resposta: Recentemente ao ministrar uma aula inaugural para uma turma de Pós-Graduação em Piscicultura, ministrada pela ABRACE-BRASIL, em Porto Velho, eu afirmei, em alto e bom som: ‘a piscicultura é uma atividade primária que tem tudo para dar errado’. Após esta minha afirmação, todos os alunos do curso ficaram sem entender nada e começaram a se olhar, uns para os outros, como quem querendo perguntar: então a piscicultura é inviável?
MORAL DA HISTÓRIA: A piscicultura é uma atividade que exige precisão e não pode ser administrada por calouros, por principiante, por aproveitador e por oportunista. Quem investe na piscicultura não quer ter prejuízo e a única coisa que interessa é o resultado positivo e retorno financeiro.
Antônio de Almeida Sobrinho tem Graduação em Engenheiro de Pesca e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
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