É preocupante assistir ao
presidente Michel Temer afirmar que "Crise econômica no Brasil não
existe", em entrevista, ao vivo e a cores, de Hamburgo, na Alemanha, onde
está ocorrendo a Reunião do G-20, onde reúne os vinte países mais ricos e mais
poderosos do planeta.
14 MILHÕES DE DESEMPREGADOS
O que significa então 14 milhões de trabalhadores desempregados no Brasil se isto não for uma recessão, sem precedentes em toda história do Brasil.
E recessão não é crise econômica?
Acredita-se que quando o
presidente Temer se referiu à crise econômica ele deva ter pensado que se
formos comparar a crise econômica com a pouca vergonha da maioria dos políticos
do Brasil, envolvendo a corrupção, a crise moral e ética da classe política que
denigre a nossa imagem, aqui e em todos os quadrantes da terra, acrescidas com
as caras-de-paus e de pouca vergonha na cara de um contingente bem
significativo da pirâmide social, tendo como representantes os nossos
representantes políticos, infiltrados em todos os níveis do poder.
Se o presidente pensou neste
patamar, aí a crise econômica torna-se desprezível e se pode chamar de uma
simples 'marolinha', como certo dia citou o ex-presidente Lula.
Por definição econômica, a
deflação é um processo inverso à inflação, sendo, portanto, uma redução de
preços para o consumidor e o mesmo que a queda de preços dos produtos e
mercadorias.
A economia nos ensina que se
pode exemplificar: quando no Brasil, como ocorreu neste mês de junho, com uma
inflação negativa, esta se pode chamar de deflação.
"Quando a inflação
diminui de 10% para – 1% ao mês, pode-se afirmar que houve deflação e que a
inflação passou a assumir um valor negativo."
A grande diferença entre
inflação e deflação é que a primeira reduz o valor real de compras, enquanto a
segunda aumenta o valor real do dinheiro.
Para os economistas de
plantão, o grande risco desta deflação que ocorreu está implicitamente associado
a períodos de recessão que se pode chamar de depressão.
Você não pode generalizar e
falar que porque no mês de junho ocorreu no país uma deflação, os preços dos
produtos tiveram uma redução do valor agregado e isto poderia ter sido
ocasionado por que a oferta de produtos aumentou, em decorrência do baixo poder
aquisitivo da população, com 14 milhões de desempregados e este poderá ser um
dos fatores que obrigaram os preços a caírem.
No mais, existem outras
justificativas econômicas e não deixa de ser uma sinalização de que a economia está
reagindo, o PIB está saindo daquele crescimento Rabo de Cavalo, de crescer para
baixa, porém, ainda é muito sedo para se comemorar, porque a crise política
tende a se agravar nos próximos dias e, em assim sendo, não existirá porta
blindada que resista a mais um processo de Impeachment - com consequências
imprevisíveis que podem ser comparadas ao um tsunami de problemas e com graves
e duradouras sequelas sociais e econômicas para o Brasil.
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