Tornou-se tradição o ato de
vandalismo e de dilapidação do patrimônio público que a maioria dos prefeitos
do Brasil que saem fazem com as prefeituras, conseguindo conciliar furto e
roubo, com apropriação indébita e assalto, constituindo-se numa verdadeira
agressão e dilapidação ao erário público, sem que os culpados sejam punidos e,
com a certeza da impunidade serão, instintivamente, incentivados a praticarem,
progressivamente, tais desmandos, nas barbas da justiça.
Para estes casos extremos, o
Prefeito que está assumindo deve fazer um Boletim de Ocorrência (B.O)
especificando os itens subtraídos e que seja realizada uma investigação rígida
e severa, e doa em quem doer, para obrigar que o mandatário que esteja deixando
o cargo e sua equipe, envolvendo secretários e auxiliares, diretos e indiretos,
sejam responsabilizados pelos danos causados ao patrimônio público, e,
judicialmente, sejam obrigados a fazer o devido ressarcimento de todos os bens,
equipamentos, veículos e materiais diversos, tombados como patrimônio da
respectiva prefeitura, e, como também, responder criminalmente pelos crimes
praticados.
O Prefeito que tiver
conhecimento que a administração anterior praticou ato de vandalismo e que
roubou parte do patrimônio da Prefeitura Municipal e não tomar as devidas providências
este estará cometendo o mesmo crime na omissão e passará a responder por crime
de corrupção passiva – quando o administrador tem consciência da prática de furto ou de roubo ao patrimônio público e
deu ouvido de mercador.
Para
que o Prefeito recém-empossado seja punido, juntamente com aquele que acabara de
sair do cargo, sejam severamente punidos com os rigores da Lei, torna-se
necessário, apenas, que um cidadão do município registre um Boletim de
Ocorrência, numa Delegacia de Polícia Pública mais próxima, com todas as provas
possíveis para que ambos sejam punidos, em conformidade com a legislação
vigente, por práticas destes crimes, anteriormente mencionados.
O
Brasil tem suas peculiaridades que muito orgulha sua população e, ao longo dos
anos vem atraindo turistas de todos os continentes para conhecer suas belezas
naturais, suas belas mulatas, suas paias que se tornaram verdadeiros cartões
postais, uma vez que mundialmente ficamos conhecidos como o país do futebol,
pais do carnaval; país do samba e, agora, como país da corrupção -- que muito
nos envergonha.
Há
bem pouco tempo quando um profissional assumia uma entidade governamental, nas
esferas federal, estadual e municipal e quando este entregava para outro
assumir este cargo um simples grampeador, tombado no patrimônio público se
tivesse faltando no inventário do órgão isto seria aberta uma sindicância e
aquele ex-gestor público teria que responder por este item que não estivesse
presente e feito a devida devolução. Em caso contrário, o TCU abriria um
processo administrativo e o ex-gestor público ficaria inelegível e impossibilitado
em assumir qualquer um outro cargo, em todas as esferas da administração
pública.
Os
tempos mudaram. Na maioria das prefeituras onde os prefeitos não foram
reeleitos, ao deixarem o cargo, neste último dia 31 de dezembro de 2016,
realizaram um verdadeiro ‘salve-se quem puder’ e a roubalheira fora
generalizada e sem piedade. Agora, eu pergunto: isto é prática de um País sério
e de um povo com ética?
Qual
o político hoje no Brasil que está realmente investido do mais alto espírito público
e que quer trabalhar em defesa do povo e deixa em segundo plano seus interesses
particulares?
Existem,
como, também, existem os extraterrestres -- que até hoje eu não tive a oportunidade
em falar com nenhum eles e não tenho nenhum interesse em conhecê-los.
No
papel e na palavra são tudo muito fáceis em convencer e em atrair as multidões,
tendo como exemplo material o Estatuto do Partido dos Trabalhadores, um
sindicato dos trabalhadores que fora transformado em Partido dos Trabalhadores
(PT) que, de forma estratégica, chegaram ao poder no Brasil e governaram e 'desgovernaram' por um período de quase 13 anos, e os resultados estão aí
escancarados para todo mundo ver: atraiu a atenção do mundo e levaram o Brasil
a galgar o mais pejorativo de todos os títulos, até então conquistados, ‘o país
mais corrupto da terra’, quando o discurso proferido era para apoiar os
trabalhadores e fortalecer as camadas sociais pobres e, na prática, a coisa
ocorreu de forma contrária: saquear os cofres públicos e encher os bolsos da ‘companheirada’.
Quando
o sociólogo e escritor Sérgio Buarque de Holanda, autor da obra Raízes do
Brasil, que narra e fala da gênese e da alma da origem da população do Brasil e
em determinado trecho ele cita textualmente, com todas as letras: “... E essa ânsia de prosperidade sem custo, de
títulos honoríficos, de posições e riquezas fáceis, tão notoriamente
característica da gente de nossa terra, não é bem uma das manifestações mais
cruas do espírito de aventura”.
Quando eu vejo um político
querendo fazer populismo, abdicando de seu salário para receber aplausos
pingados de um povo sofrido que não mais acredita nas promessas dos políticos,
eu me questiono: qual a verdadeira intenção deste político e qual o perfil de
idoneidade e de ética de seu secretariado? O que se esconde por traz deste
Cavalo de Tróia?
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