segunda-feira, 1 de agosto de 2016

PRODUÇÃO DE PEIXE E CAMARÃO: INJEÇÃO DE TECNOLOGIA

Prezado amigo e internauta,

Estou tomando a liberdade em disponibilizar este material para que tenhas conhecimento e faças uma minuciosa apreciação de sua importância.

O estado de Rondônia pode aumentar em até cinco (5) vezes sua produção de pescado, com a mesma área que hoje vem sendo utilizada,  simplesmente com uma injeção de tecnologia, em diversos níveis, que implique diretamente no aumento da produção através do acréscimo de  produtividade.

Enquanto o piscicultor do estado de Rondônia não for contemplado com a implementação de um Programa de Governo voltado para a utilização de tecnologia pesqueira e gerencial, capaz de atender suas reais necessidades, este produtor não abrirá o sorriso e continuará a pagar um preço muito alto para produzir pescado e aferir o maior lucro para os intermediários, em detrimento dos extremos: aquele que produz e o consumidor final.


Para o presidente do CREA-RO, engenheiro Nélio Alencar: ...  o melhor investimento que um administrador deve fazer para alcançar a excelência na eficiência e na eficácia de governança é na qualificação técnica de seus servidores e colaboradores. Quando o administrador é o governo do Estado, este não deve pensar duas vezes em investir em tecnologia e na melhoria do setor produtivo, através da qualificação técnica de recursos humanos, com vistas à verticalização da produção, na certeza em atingir uma melhoria na qualidade do  produto obtido, com  aumento de produtividade, sem ser necessário aumentar a área utilizada’.


Visto por esta ótica, torna-se necessário que o Governo se conscientize de seu papel na condição de agente indutor de tecnologia e de políticas públicas para fortalecer os esteios da cadeia produtiva do pescado e que seja implementada uma política de assistência técnica de qualidade capaz de difundir tecnologia de pesca, do pescado e aquícola, com vista a melhoria da qualidade da água, através de Produtos Biológicos e de Probióticos, complementada com a verticalização da produção do pescado.

Com o advento da implementação de um PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA OS SETORES PESQUEIRO, AQUÍCOLA E EXTRATIVISTA, incluindo uma Linha de Qualificação Tecnológica para apoiar o setor produtivo primário, no que tange à piscicultura, em nível estadual, suficiente para dar uma injeção de ânimo e de tecnologia, em níveis de produtor rural e de piscicultor, para que ocorra conscientização  da importância da tecnologia pesqueira e gerencial, para serem implementadas nos mais diversos aspectos da atividade aquícola, em níveis das propriedades rurais e familiares.

Para tanto, trata-se de uma gama de tecnologia que será recomendada para a aquicultura, com especial utilização na piscicultura (peixe) e na carcinicultura (camarão) que possibilita o aumento de produção e de produtividade por área cultivada — implicando no aumento da produção, em até 10 vezes, sem ser necessário aumentar a área alagada, através da utilização de BOAS PRÁTICAS NO CULTIVO DE PEIXE E CAMARÃO COM O USO DE PROBIÓTICOS, em criação em viveiros ou reservatórios artificiais (escavados), criação em tanques-rede, complementadas com Produtos Biológicos e com a utilização em fluxo contínuo (RACEWAY) e cultivo com circulação e renovação de água (RAS), com o uso dos potentes e diversificados tipos de aeradores.


A média da produtividade dos projetos de camarão (Litopenaeus vannamei) no nordeste do Brasil está em torno de 4,0 ton/ha/camarão, a cada 95-115 dias, enquanto na maioria dos países asiáticos os carcinicultores estão atingindo uma produtividade entre 20 a 22 toneladas/ha/ciclo, com três safras, durante um período de dose (12) meses.


SISTEMA DE CRIAÇÃO DE PEIXES EM VIVEIRO
BARRAGEM E ESCAVADO

A piscicultura em Rondônia teve início, de forma incipiente, com o aproveitamento de coleções de águas (reservatórios de água construídos pelos primeiros colonos que aqui chegaram), no sistema de viveiro de barragem, destinados a atender as necessidades de água para uso doméstico e para o rebanho bovino.

Estes reservatórios permaneceram durante muito tempo somente para estes fins mencionados e somente a partir de 1978, com a chegada de um grupo de seis (6) profissionais graduados em Engenharia de Pesca, provenientes do estado do Ceará, a ASTER-RO, hoje EMATER-RO, deu os primeiros passos no sentido de desenvolver a piscicultura — quando foram elaborados os primeiros projetos técnicos e desenvolvidas ações para que alguns produtores e pecuaristas povoassem as primeiras barragens, coleções de água em domínio privado e em viveiros escavados —, com alevinos de espécies de peixes regionais, capturados em diversos rios e criadouros regionais e importados dos estados do Pará e Goiás.

Hoje, após um longo período de dificuldades, com altos e baixos, o estado de Rondônia se desponta como um potencial significativo de produção de pescado, revelado pela projeção de estatística governamental, na safra 2014/2015, em torno de 100.000 toneladas/pescado, ocupando, assim, o topo do ranking do Brasil, como o Estado maior produtor e exportador de pescado, em nível nacional.

SISTEMA DE CRIAÇÃO DE PEIXES EM TANQUES-REDE

O SISTEMA DE CRIAÇÃO DE PEIXES EM TANQUES-REDE é um método seguro e eficiente de se aproveitar racionalmente coleções de águas improdutivas para produção de alimento, com geração de emprego e renda, inclusão social, segurança alimentar e preservação dos recursos pesqueiros.

 Figura 01: Infraestrutura física de um Projeto de Tanques-rede implementado
                   na sub bacia hidrográfica do baixo rio Candeias.


No estado de Rondônia, o SISTEMA DE CRIAÇÃO DE PEIXE EM TANQUES-REDE, desenvolvido por iniciativa do Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentável – CNPT/IBAMA-RO, na Sub bacia hidrográfica do baixo rio Candeias, no município de Candeias do Jamari, e, depois, ampliado em caráter produtivo-comunitário, através da Centrais Elétricas de Rondônia S.A – ELETRONORTE e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental –SEDAM, em apoio à Colônia de Pescadores de Candeias do Jamari, replicado nos municípios de Costa Marques, no rio Guaporé, e de Guajará-Mirim, no rio Pacaas Novos, quando provou a viabilidade técnica, econômica, ambiental e social que este sistema tem tudo para atender as necessidades proteicas da população.

Para que se possa analisar e concluir os resultados alcançados com o Sistema Intensivo de Tambaqui em tanques-rede, no município de Candeias do Jamari, onde implementou um Projeto Comunitário Unidades Produtivas Comunitárias de Criação de Tambaqui em Tanques-rede chegou-se aos seguintes resultados:
 Em um viveiro com as dimensões 5,0 m x 5,0 x 2,0 m, totalizando 50 m³, com uma produtividade de 6.000 kg/tambaqui, no período de 10 meses de cultivo.


SISTEMA DE FLUXO CONTÍNUO (RACEWAY)

A piscicultura de Rondônia pode atingir a sua capacidade produtiva máxima sustentável com a adoção do Sistema de Fluxo Contínuo, conhecido com Raceway, cujo princípio se fundamenta no abastecimento contínuo no tanque ou viveiro de cultivo.

Este sistema de cultivo deve ser construído que possibilite evitar qualquer água estagnada, e, assim, evitar a decomposição de detritos e fezes, com produção de gases e consequente deterioração da qualidade da água e surtos de doenças e mortes de animais.

SISTEMA DE RECIRCULAÇÃO DA ÁGUA (RAS)


A piscicultura de Rondônia pode atingir a sua maioridade e se consolidar como atividade tecnificada, superintensiva, através de tecnologia com Sistema de Recirculação da Água (RAS). Isto pode ocorrer quando a piscicultura utiliza o Sistema de Recirculação da Água (RAS), conhecido com o nome de Recirculating Aquaculture Sistem, quando a água após passar pelo viveiro de produção, devendo receber o nome de efluente, é tratada em decantador, conhecido como tanque mecânico ou como filtro-físico-biológico, e esta água tratada retorna ao viveiro de recria ou engorda para que tenha o reuso, através de bombeamento.

Este evento que estará sendo ministrado no estado de Rondônia é o somatório de ações e de preocupações que buscam a consolidação da piscicultura no Estado, através da introdução de tecnologia aquícola, como o uso de Produtos Biológicos e Probióticos com perspectiva de até triplicar a produção de pescado, com a mesma área e com o mesmo volume de água disponível na piscicultura, em nível estadual.
 RONDÔNIA NO CICLO DO CAMARÃO

Neste Curso Técnico: BOAS PRÁTICAS NO CULTIVO DE PEIXE E CAMARÃO COM O USO DE PROBIÓTICOS, o Conteúdo Programático terá a participação de vários profissionais com experiência em peixe e camarão na Amazônia e que será ministrado em Porto Velho, capital de Rondônia, como iniciativa do CREA-RO e com o apoio da CEPLAC-GERO, do Sistema FECOMÉRCIO; Sistema OCB/SESCOOP; Governo de Rondônia e Banco da Amazônia S.A – BASA, que se realizará no período de 19 a 24 de setembro de 2016, na cidade de Porto Velho, no Auditório da CEPLAC-GERO,  quando os participantes do evento terão oportunidades em apreender as técnicas de preparação e implementação de um Projetos de criação de peixes  e camarão em diversos sistemas produtivos,  em sua propriedade, através de aulas teóricas e práticas.


Este Curso Técnico será ministrado por profissionais com graduação em Engenharia de Pesca, com Especialização e Mestrado em piscicultura e carcinicultura (peixe + camarão) e com Doutorado em Produção Animal.

PENSAMENTO TÉCNOLOGICO
Rondônia está realmente necessitando de uma injeção de ânimo e de tecnologia para que os piscicultores possam abrir o sorriso com o lucro que a piscicultura é capaz de oferecer e esta atividade se desponte como promissora e passe a oferecer os frutos prometidos para os produtores rurais e empresários que acreditaram e investiram de cabeça na criação de peixes no estado de Rondônia.
Antônio de Almeida Sobrinho escreve semanalmente nos seguintes Portais de Notícias:
www.rondoniagora.com.br

e no Blog ESPINHA NA GARGANTA.

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