Quando o compositor e cantor Ataulfo
Alves lançou ‘LARANJA MADURA’, um de seus maiores sucesso na música popular do
Brasil, o tema não poderia deixar de ser o mais oportuno — trabalhar com um
produto que o oportunista mais gosta: a mordomia, a moleza, a coisa fácil, aquilo
caído do céu.
Você diz que me dar casa e
comida
Boa vida e dinheiro pra
gastar
O que é que há, minha gente
o que é que há
Tanta bondade que me faz
desconfiar
Laranja madura na beira da
estrada
Tá bichada Zé ou tem
marimbondo no pé.
Santo que vê muita esmola na
sua sacola
Desconfia e não faz milagre
não
Gosto da Maria Rosa
Mas quem me dar prosa é Rosa
Maria
Vejam só que confusão
Laranja madura na beira da
estrada
Tá bichada Zé ou tem
marimbondo no pé.
Quando
o Partido dos Trabalhadores (PT) assumiu o Governo em 2003, com o apoio de
vários partidos políticos, tidos como base de sustentação, dentre eles o PMDB, o
PTB, o PDT, o PSB e de diversos partidos menores, os considerados nanicos, o
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva teve de imediato a preocupação em
ampliar alguns programas sociais que funcionaram muito bem no governo de seu
antecessor Fernando Henrique Cardoso e buscou ampliá-los a enésima potência,
com o ‘Programa FOME ZERO, criado em substituição ao Programa Comunidade
Solidária, que fora instituído pelo Decreto n. 1.366, de 12 de janeiro de 1995,
para o enfrentamento da fome e da miséria’, criado no governo do FHC.
Através
de Relatórios oficiais constata-se que o Programa Fome Zero e seus complementos
similares, culminando com Bolsa Família, levaram múltiplos benefícios para
milhões de famílias carentes que viviam em todas as regiões do Brasil, abaixo
da linha da pobreza, residentes em estados insalubres, sem a mínima condição de
sobrevivência humana, com qualidade de vida e com dignidade — por opções de
seus ancestrais, vítimas de uma política oportunista, desde as Capitanias Hereditárias,
passando por governos dos coronéis, do voto de cabresto, do ‘toma lá, dá cá’, ‘até a atual conjuntura do voto trocado
por alimento’.
Porém,
estes Programas devem ser revistos, analisados e realizados rigorosos
recadastramentos a fim de evitar que servidores públicos, ligados a partidos
políticos, com maior fluência do partido dos vermelhos continuem a se beneficiarem
de formas irregulares.
O
problema que mais preocupa no momento o Governo Interino de Michel Temer é que
se estes Programas Sociais forem reduzidos, mesmo se tendo plena consciência e
convicção que este caminho a ser seguido
é um mal necessário, e que a continuidade sem modificações irão comprometer sobremaneiras
as despesas com os gastos públicos e este contingente de ‘pessoas carentes’ não
estarão nenhum pouco dispostos a buscarem a assumir os próximos postos de
trabalhos que estão surgindo, sob pena de perder estas benesses, em detrimento
dos que trabalham e das despesas do governo para com os Programas Sociais.
Nas
atuais condições, onde a escassez farta começa pela água, alimentação, moradia
e termina com o isolamento à civilização, se contrapondo às consequências
danosas ao País, sendo seus principais reflexos e frutos diretos do
assistencialismo: a acomodação das famílias beneficiárias, inibição à produção,
concorrência desleal com aqueles que trabalham sol a sol, baixa produção, queda
abrupta do PIB, desemprego, inflação desenfreada e de uma infinidade de malefícios
que o paternalismo acarreta.
Neste
foco, pode-se, também, afirmar que o assistencialismo concorre deslealmente com
quem produz e se constituindo como uma verdadeira algema da vergonha, unindo o
estômago da população carente à urna eleitoral, roubando do cidadão o seu mais sagrado
e precioso patrimônio moral: “a liberdade de votar, em troca dos benefícios e esmolas
recebidas do governo”.
No
bojo de todos os Programas sociais assistencialistas se escondem as grandes
mazelas, desvios da administração pública e as falhas técnicas da Gestão de
Governança de todo gestor.
Feliz
é a nação que não necessita da famigerada esmola da cesta básica instituída
pelo governo sob a égide em doar à dignidade as famílias de baixa renda, que
além de acarretar gastos públicos, implicando diretamente em aumento dos gastos
com as contas públicas, obriga o governo a contrair empréstimos, com pagamento
de altos juros, para atender uma demanda sempre insatisfeita das necessidades
alimentares e sociais da população.
Se
um gestor público confia e deposita a aplicação de recursos públicos na mão de
um simples apadrinhado político, por mais bem intencionado que o seja, este tem
tudo para se apropriar indevidamente de parte destes recursos financeiros, induzido
pelas facilidades oportunizadas, utilizando-se de todas as astúcias e
estratégias possíveis, e amanhã quem pagará com o ônus por todos os danos
administrativos é o detentor do cargo hierárquica, imediatamente superior.
O Mensalão é a prova material criado como estratégia de
sustentação de um projeto ambicioso de cunho comunista, a fim de fazer as
reformas necessárias e mudanças da Carta Magna, de acordo com os interesses
necessários, nos moldes bolivariano, que tem como referência na América do Sul,
a figura do ditador Fidel Castro e seu irmão sucessor Raul Castro, e na
Venezuela, a Hugo Chávez Frías, sucedido por Nicolás Maduro Moros.
Para
que o prezado leitor tenha plena consciência do que estava realmente sendo
implementado no Brasil, podemos nos mirar no exemplo e no atual estágio
político a que atingiu a vizinha República da Venezuela com a sua política
bolivariana, seguida à risca do regime comunista cubano instituído por Fidel Castro.
Na capital Caracas, vem ocupando
frequentemente às ruas bradando por justiça social, por abastecimento, por
alimentos de primeiras necessidades e o governo responde com o silencio e com
os rigores da lei, com as severas leis e com toques de recolher.
A
presidente afastada Dilma Roussef (PT) pode até ser a pessoa mais honesta da
face da terra, criada a semelhança do pai-padrinho — o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva que continua em afirmar “que não tem uma viva alma mais honesta do
que eu” e que “eu sou o homem mais honesto no Brasil” — mas,
a então presidente afastada pecou frontalmente praticando as pedaladas fiscais,
por excesso de ‘bondades e gentilezas feitas com o dinheiro do suor do
trabalhador brasileiro” e praticou as famosas Pedaladas Fiscais, quando contraiu
empréstimos bancários aos bancos e
empresas públicas, sem a devida autorização do Congresso Nacional e, assim, infringiu à Lei de Responsabilidade Fiscal, de
acordo com a denúncia que culminou no Processo de Impeachment e que, posteriormente,
afastou a então presidente, por até 180 dias, e deu no que deu.
O
Mensalão nunca foi reconhecido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva
que defendeu, com unhas e dentes, os companheiros denunciados, condenados e
presos e tratados pela ‘companheirada’ como injustiçados e chamados de presos
políticos.
O
PETROLÃO
foi uma continuidade do MENSALÃO, só que teve uma roupagem mais granfinada,
mais robusta e com muita propina rolando nos porões do Planalto. A roubalheira
chegou ao limite máximo que partidos da base aliada, a exemplo do PMDB, fez
indicações de apadrinhados para assumirem Diretorias, Departamentos e
Subsidiárias da maior estatal do país, a PETROBRAS e o resultado está aí
ocupando os noticiários dos principais veículos de comunicação, na mídia
eletrônica escrita, falada e televisada e causando intrigas e futricas nas
principais redes sociais.
Para
se ter uma ideia de como a coisa correu frouxa no
esquema do PETROLÃO o ex-chefe da Casa Civil do governo do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, José Dirceu, enquanto cumpria pena na carceragem da
Papuda, em Brasília, este vinha normalmente recebendo robustas propinas da
estatal PETROBRAS, e a farra da alegria se proliferou a tal ponto de somente um
partido da base aliada do governo, o PMDB, ter sido beneficiado com mais de R$
100 milhões de reais, distribuídos entre seus principais caciques, rateados em
percentuais de acordo com o grau de apadrinhamento e de influência para manutenção
do afilhado no cargo, mediante a recente Delação Premiada do ex-diretor-presidente da Companhia Elétrica
Federal ELETROSUL, subsidiária da Petrobras, Sérgio Machado.
No
meio a este vendaval de propinas e de um mar de lama de tanta corrupção, os
assalariados e os desempregados madrugam para manter seus postos de trabalhos e
nas filas quilométricas para obter um emprego de última categoria,
respectivamente, que está muito difícil para todos.
Quando
são denunciados todos se transformam em verdadeiros santos e ninguém assume de
público que recebeu milhões e milhões para bancarem as milionárias campanhas
eleitorais e comprarem votos para se perpetuarem no poder e quando são
flagrados com a mão na botija passam a cumprir pena em luxuosas mansões, a
exemplo desta do Sérgio Machado, adquiridas com o fruto do crime.
Mansão
de propriedade do Delator Sérgio Machado onde este cumprirá pena
com
uso de tornozeleira eletrônica. Foto: Folha de S. Paulo.
OBSERVAÇÃO ÓBVIA
O presidente interino Michel Temer não deveria ter nomeado nenhum ministro com citações em depoimentos de Delatores da Operação Lava Jato. Mas já que nomeou, agora terá a obrigação moral de demiti-los, mesmo que contrariem a interesses de grupos e partidos políticos.
PENSAMENTO DO
DIA
De
patriotas e de benfeitores da pátria amada as aves de rapina que hoje saqueiam
os cofres e o erário público não tem nem as pontas das unhas. Estes políticos
envolvidos com desvios milionários no Brasil merecem realmente que sejam banidos
da vida pública-política e punidos a cumprirem penas em cadeias de segurança
máxima e não em prisão domiciliar, com as benesses de uma simples tornozeleira
eletrônica, em mansões de alto luxo, adquiridas com o dinheiro do crime, roubado
dos cofres públicos, de forma criminosa e covarde.
Tenham
todos um bom final de semana
Antônio
de Almeida Sobrinho escreve semanalmente neste Portal de Notícias.
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