sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sucessão estadual: Disputa indefinida

É muito cedo para se fazer qualquer projeção ou prognóstico sobre a sucessão estadual no estado de Rondônia, mas pelo barulho da tropa que compõe a cavalgada se pode muito bem ter a idéia da quantidade de cavaleiros, de cavalos, de cascos e até do estrago do pisoteio diante da qualidade de cascalho seco, ao considerar a composição e o tamanho da cavalaria.

A experiência anuncia que a cavalgada está descendo a cordilheira, em alta velocidade, dando-nos a sensação e a nítida certeza de que estão muito próximos: porque o barulho se aproxima, com aumento de ruídos e de sons identificáveis, dando-nos a noção estimada de tudo que está por vir — quando a certeza real e precisa somente será confirmada quando todos passarem e pararem, no exato ponto determinado de chegada.

Tudo indica e se acredita que o páreo da disputa eleitoral está nos preparativos ou já começou, internamente, dentro dos próprios partidos — quando as definições das pré-candidaturas somente se materializarão para concorrer as Eleições de 2014, desde deputado estadual até o cargo de governador de Estado, quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) der a bandeirada de largada. No momento, tudo estão nas fases de considerações, de negociações, dos alinhavos, das costuras, dos entendimentos e acertos.

Os indicadores políticos que dispomos neste momento não são materiais e, portanto, suficientes, apenas, para se fazer alguns comentários, mesmo assim, ainda vagos e inconsistentes, e, até mesmo porque os analistas políticos, de peso regional, não se ousam a falar sobre este tema tão complexo e polêmico — por ser muito cedo, tudo ainda está indefinido e, portanto, é muito precoce para se falar sobre o que poderá acontecer nas Eleições de 2014. 


Na verdade, na verdade o que se sabe de concreto é que a guerra está acontecendo, as negociações já estão ocorrendo e sendo travadas nos bastidores políticos. Uns, a sete chaves; outros, ao céu aberto, em raias específicas, com suas respectivas coligações se alinhavando e sendo definidas, semelhantes às anteriores e, até, plataformas políticas definidas de forma maquiavélica e muito perigosa como a de transformar populações ribeirinhas da bacia hidrográfica de Rondônia, especialmente, de ribeirinhos dos vales do rio Guaporé e do rio Mamoré e de tributários, em pescadores profissionais, com previsão para 25.000 novos pescadores profissionais (denúncia que recebemos de moradores de Guajará-Mirim-RO) e, assim, passarem a ganhar uma aposentadoria de quatro (4) salários mínimos por ano, com o objetivo único de produzir votos de cabresto e eleger dois (2) candidatos a Deputado Estadual e complementar as eleições de dois (2) Deputados Federais, pel legenda do PR, partido cujo presidente nacional e Ministro da Pesca e Aquicultura – MPA, Marcelo Crivella (quando temos certeza de que o Bispo Crivella não irá concordar com este estelionato eleitoral e a Polícia Federal e o Ministério Publico já estão sendo avisados).

Qualquer disputa para concorrer o Governo de Rondônia não poderia ser tão simples assim: toda disputa é uma guerra que em muitas situações pode ter as características de uma grande batalha e se assemelha a “um jogo de sedução”, que quem conquista a simpatia e o voto do eleitor é aquele que melhor convence e é com este perfil que se ganha a disputa eleitoral: 1) quase sempre será o mais bem aparelhado; 2) o mais bem preparado; 3) é o que tem um melhor serviço prestado à população; 4) será o que melhor convence o eleitorado; 5) são as melhores estratégias de marketing político utilizadas pelos marqueteiros de campanha; 6) é quem mais tempo dispõe no horário gratuito de rádio e TV; 7) quem tem mais aliados e patrocinadores de campanha. Enfim, ganha eleição aquele candidato que tem maior poder de barganha, com recursos financeiros suficientes e com a vontade dos aliados políticos e com os votos do eleitorado.

Com as reflexões e o amadurecimento do eleitor, com vistas às Eleições de 2014, após as manifestações de ruas e com o grito de insatisfação por parte da população, explicitada e desabafada em junho de 2013, as eleições no Brasil jamais serão como antes. O eleitor amadureceu e se tornou mais exigente na hora de escolher o seu candidato. Eu, por exemplo, vou ter muita dificuldade em escolher os meus candidatos, na próxima eleição, no momento de votar. Vou ter que pensar duas vezes para não errar grosseiramente como venho errando, nas últimas eleições. Eu sempre votei e sempre tenho escolhido o candidato errado. Gato escaldado tem medo de água fria ou quente ou dos dois tipos de água?.

Pela legenda do PMDB, visualiza-se uma tremenda rachadura interna, em suas estruturas políticas e em suas pilastras de sustentação, e tudo indica que isto seja o verdadeiro motivo da indefinição do governador Confúcio Moura em permanecer calado, lacônico e com meias palavras e em não confirmar a sua pretensa pré-candidatura à reeleição ao Governo de Rondônia, nas eleições de 2014. Isto se justifica e faz sentido até porque com a não convicção e plena certeza da preferência da Executiva Estadual por sua indicação à reeleição — porque a confirmação do nome não depende de sua decisão pessoal e, sim, da Executiva —, se ele (Confúcio) seria o candidato do partido, justificando-se, portanto, a postura de ficar em cima do muro é muito confortável, mostra sabedoria, cautela e pode muito bem evitar a famosa “queda do cavalo”, num futuro bem próximo, na hora em que o comandante da cavalaria precisar de mantimentos para atender as necessidades de alimento e de água para abastecer a todos e de arreios novos para os animais, como exigência estatutária para participar de um novo páreo e, assim, se credenciar para mais quatro anos de montaria.

Em se confirmar a pretensa candidatura de Confúcio Moura, à reeleição em 2014, este teria vantagens múltiplas sobre os demais prováveis e possíveis pré-candidatos, até por a tropa de cavalos que chega primeiro no riacho ou no igarapé, normalmente costuma tomar a água limpa.

A insatisfação da militância do PMDB tradicional tem lá suas razões — quando fica estampada em cada semblante dos militantes a pergunta óbvia de revolta e de insatisfação: “de que adianta ganhar uma eleição e ficar fora do governo”. Não tiramos as suas razões, até porque quem trabalha para ganhar uma eleição é muito lógico e muito natural que se quer participar do governo e brigar para fazer tudo de melhor para realizar uma excelente administração.

Grandes luzes da executiva municipal e estadual do PMDB não tiveram espaço no Governo da Cooperação e, em assim sendo, se depender da definição e da vontade desta ala dos descontentes o governador Confúcio Moura já poderá começar a se definir em postular uma vaga para se candidatar à Câmara Federal ou até mesmo concorrer a única vaga para o Senado da República — porque candidato de plantão será o que não irá faltar, sem esquecer que o ex-Senador Amir Lando ficou, também, fora do Governo da Cooperação e, agora, é Deputado Federal e já anunciou, aos quatro ventos, que já é pré-candidato ao Senado da República.

Por outro lado, não se pode descartar que o PMDB colocou no banco de reserva um homem bom de votos – guinchado das fileiras do PPS e arrancado dos braços do Senador Ivo Cassol, e tem provado que é muito rápido e eficiente, quando o assunto é administração — o nada menos do que o Mário Português, ex-candidato a Prefeito de Porto Velho nas recentes eleições, patrício-lusitano que tem juventude, tem arrojo administrativo e se o governador Confúcio Moura não for o candidato de consenso do PMDB eu aposto todas as minhas fichas como os descontentes do partido e as executivas municipal e estadual irão urgi-lo com o candidato ao governo de Rondônia, nas Eleições de 2014.

Caso se confirme a candidatura do governador Confúcio Moura para concorrer à reeleição, aí a história toma outro corpo — e tudo fica muito confortável para o PMDB, tendo a máquina toda lubrificada e com os operadores capacitados e dispostos a dar continuidade aos seus afazeres — por mais quatro anos e terá como aliados de peso — a tropa de choque do DEM, liderada pelo ex-governador José de Abreu Bianco — que andou ciscando uma candidatura ao Governo, puro sangue — mas por ética e fidelidade ao governador Confúcio Moura, segundo suas próprias confissões, e somente lançaria a sua candidatura ao Governo caso o Confúcio não saísse candidato, caso contrário, recolheria o seu trem de pouso e continuaria com o mesmo apoio de agora, e continuará a apoiar e participar do governo do PMDB, uma vez que tem ao ser favor a possibilidade em conquistar uma cadeira ou até duas na Câmara Federal, continuar o seu trabalho em defesa de Rondônia e do interesse de seu povo, como muito bem tem atuado — desde Deputado Estadual, Presidente do Poder Legislativo Estadual e Deputado Constituinte, Senador da República, Governador do Estado e Prefeito de Ji-Paraná, por dois mandatos, com uma performance política invejável, nesta região de muitos maus políticos e com poucos, com vários mandatos.

Ao se confirmar a candidatura de Confúcio Moura para concorrer à reeleição nas Eleições de 2014, temos algumas recomendações para lhe fazer, mesmo sabendo que este não irá aceitar, (ele sabe porque eu tenho certeza disto): i) evitar aproximação com o Ficha Suja de hoje e não permitir sua presença em palanques, carreatas, de pit-stop’s e em coordenações de campanhas; ii) romper e afastar os Fichas Surjas (os enrolados que adoram carregam malas do chefe) que estarão surgindo ou os que estarão se tornando, como precauções e como medidas cautelares para evitar desgastes maiores; iii) aproveitar a colheita da semeadura das sementes plantadas no Governo da Cooperação e colher os frutos maduros, nesta safra destes quase três anos de Governo da Cooperação; iv) cobrar e receber os devidos apoios dos prefeitos municipais, em retribuições as parcerias realizadas e das obras concluídas, em parceria; v) cobrar e receber os dividendos políticos das Câmaras municipais, com seus respectivos presidentes e vereadores; vi) agradecer a Deus por tudo que o Governo da Cooperação conseguiu consolidar e beneficiar a população.

Para tanto, isto somente irá acontecer se o governador Confúcio Moura apaziguar e conciliar os conflitos internos entre os militantes do Partido – acredito que seja um pouco tarde - mas, mesmo assim, dar oportunidades e aproveitar grande parte da militância do PMDB em espaços ocupados por elementos estranhos ao ninho, em benefício do próprio Governo da Cooperação.

Pela legenda do PSD, aparece o Deputado Estadual Hermínio Coelho, presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia – ALE — que há muito tem se lançado candidato e ameaçando destronar o atual governador Confúcio Moura, através do voto popular, já que através da ALE não tem maioria e motivos suficientes para cassar o atual mandatário do Palácio Getúlio Vargas. Falta de vontade e de desejo não lhe faltaram. Acredita-se que a candidatura de Hermínio Coelho foi esvaziada com o seu afastamento por 30 dias como presidente da ALE — e não se apaga uma acusação pelo simples motivo de não se poder provar e mostrar o contrário. No âmago de uma simples acusação sempre paira alguma dúvida. A verdade verdadeira que se pode projetar sobre o futuro político do Deputado e presidente da ALE, Hermínio Coelho, é que com a Operação Apocalipse a sua candidatura que tinha possibilidades múltiplas em concorrer as Eleições de 2014, ao Governo do Estado de Rondônia, foi chamuscada e tem tudo para lhe fazer refletir e até lhe convencer a pleitear uma possível reeleição ou até tentar um voo maior: concorrer à Câmara Federal, com maiores possibilidades de não ficar sem mandato e perder o trem da história.


Por outro lado, não se pode descartar e deixar de falar sobre as pretensões do Prefeito de Ouro Preto do Oeste, Jean Alex Testoni (PSD- Ouro Preto do Oeste), que há muito vem ciscando e cantando de galo como pretenso candidato ao Governo de Rondônia, nas Eleições de 2014, tendo a seu favor ingrediente indispensável para compor o perfil de um postulante ao Governo do Estado: saúde, dinamismo, disposição para trabalhar, competência administrativa, carisma político, inteligência, sabedoria e ser um profissional bem sucedido, faltando-lhe, apenas, densidade eleitoral suficiente para complementar o seu perfil vitorioso.

Eu acredito que Alex Testoni teria nesta oportunidade maiores possibilidades de conquistar uma cadeira na Câmara Federal e em 2018 teria maiores condições para pensar e em pleitear o Governo do Estado. Sugestão e conselho se fossem tão bom como se aparentam ninguém faria doação, principalmente num país capitalista do ocidente. Não tenha dúvida, que seriam todos comercializados.
Pela legenda do PT, tendo como pretenso candidato ao Governo do Estado de Rondônia o Deputado Federal Padre Tom, que segundo nos confidenciou sua assessoria, uma pesquisa recente de intenções de votos encomendada pelo partido dos vermelhos revelaram que esta candidatura tem todas as possibilidades de vingar e de dar bons frutos e com a militância da petezada harmonizada e com um bom contingente do baixo e alto clero e dos evangélicos, podendo até ter um Vice dos evangélicos, e, assim, ter chances reais para disputar a eleição num possível 2º turno, com o apoio dos partidos de oposição.

Por outro lado, não se pode desprezar a ex-Senadora Fátima Cleide que desperta as pretensões em disputar o Governo do Estado ou em segunda hipótese em se candidatar para concorrer a vaga para o Senado da República, que nestas alturas da cavalgada ela poderá sofrer um grande pisoteio e engolir muita poeira, no decorrer de todo o percurso da caminhada.

O bom senso recomenda e o dito popular reitera que cautela, água fresca e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Portanto, minha amiga Fátima Cleite, a cautela e a humildade não fazem mal a ninguém e assegurar uma cadeira na Câmara Federal e continuar a sua luta que você tão bem sabe defender, são chances reais e factíveis que não podem e não devem que sejam desperdiçadas. Pense nisso!!!.

Pelo PDT, tem o Senador Acir Gurgacz, que o partido tem pretensões e não descarta uma candidatura em dobradinha com o PSB, tendo o Prefeito de Porto Velho, Dr. Mauro Nazif como aliado, semelhante a que ocorreu para disputar a Prefeitura de Porto Velho, mesmo sabendo do desgaste político da dupla Mauro Nazif (PSB) e Dalton de Franco (PDT), pois a aeronove desta dupla parece que está com um carregamento de chumbo ou de mercúrio — metais mais pesados, que não deixam decola e as coisas não acontecem e se acontecem são sorrateiramente ou quase parando. na Prefeitura Municipal de Porto Velho.

Se depender de sua vontade pessoal, o Senador Acir Gurgacz faria uma composição e a tendência é esta que deverá acontecer: em continuar a dobradinha para o governo — PMDB e PDT, com os mesmos nomes atuais, Confúcio Moura e Airton Gurgacz — ou em mudar 6 por meia dúzia — e o atual Senador Acir Gurgacz em concorrer à reeleição, como único candidato de consenso da coligação e, assim, aumentar as chances para liquidar a fatura em conquistar a uma única vaga no Senado para esta Eleição de 2014.

Para tanto, torna-se necessário combinar com a executiva estadual do PMDB e com o Deputado Federal Amir Lando que parece não querer abrir mão de se candidatar como candidato ao Senado Federal, uma vez que a Deputada Marinha Raupp, ao que me parece, seria a preferida do partido, mas esta prefere, segundo o próprio Senador Valdir Raupp, ser reconduzida à Câmara Federal para exercer o seu 5º mandato.

Pelo PPS e PP e PR, com as saídas dos ex-governadores Ivo Cassol e João Cahulla, respectivamente, da disputa para o Governo Estadual, esta coligação vem testando e queimando pré-candidaturas, dentre elas se podem citar: Jaqueline Cassol (PR- Rolim de Moura); a do Deputado Estadual Maurão de Carvalho (PP); a do Deputado Federal Nilton Capixaba (Presidente do PTB-RO); a do ex-presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Neodi Carlos (PSDC - Machadinho do Oeste); e, em seguida, aparece, agora, a própria esposa do Senador Ivo Cassol, Ivone Cassol, que até curso de oratório já está fazendo, mas, pelo andar e o ritmo da carruagem, estas candidaturas não se consolidam, não tomam corpo, não se materializam, uma vez que os votos do Senador Ivo Cassol, após sua cassação e posterior prisão, no semi-aberto, como sentenciou o Supremo Tribunal Federal (STF), os seus votos se tornarão voláteis, incolores e não serão transferidos, e, sim, mudam de estado, de cor, de destino e de candidato.

Pelo PSDB, tendo como pré-candidato, ainda não definida a sua situação sobre o seu possível registro de candidatura, aparece o ex-Senador Expedito Júnior, bom de voto, bom de estrada, e bom de bico, e vem anunciando pelos quatro cantos do Estado que a sua candidatura são favas contadas e que é questão de tempo. Está com seu bloco na rua, há tempo, embora não confirme oficialmente, até porque se isto estivesse ocorrendo infringiria à legislação eleitoral e seria impedido pelo TRE.

Caso o Expedito Júnior consiga registrar a sua candidatura, e consiga superar suas dificuldades financeiras, a Eleição de 2014 para Governo de Rondônia tomará um outro rumo e aí a cobra irá fumar no cachimbo que fumou o velho Tomé de Souza e que não tenham dúvidas, que irá fazer muita fumaça e os tucanos irão piar e gritar de olhos bem arregalados, em alto e bom som, nos altos e nas copas médias das árvores da floresta, em seus próprios ninhos, e, outros palmeirais, e, até, em terra firme, e prometerão fazer muito barulho e ameaçar a eleição para Governador 2014-2018 do candidato do PMDB.

As demais candidaturas de legendas com densidade eleitoral inferiores devam surgir, concorrer, por concorrer, fazerem coligações, mas não terão votos satisfatórios para entrar na disputa eleitoral na Eleição de 2014 para concorrer o Governo do Estado, ou até possam, mas sem pretensões em disputar um possível 2º Turno.

Vamos todos jogar suas fichas e vamos ver que bicho vai dar.

Para contrapor as nossas posições, o (a) eleitor (a) ou o (a) leitor (a) pode utilizar os seguintes contatos:

Tenham todos um bom dia.
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Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca
e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
E-mail: almeidaengenheiro@yahoo.com.br
 

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