COBRA DO MAL COBRA DO BEM
Um velho índio de nome jamais
revelado, vulgarmente apelidado de SÁBIO, se tornara Pajé de uma aldeia no Alto
Solimões, ainda muito jovem e, ao longo do exercício como autoridade silvícola, prestara bons serviços a todas as demais tribos
indígena da região e de outras aldeias do
entorno e chegou a realizar centenas de pajelanças, curas milagrosas,
praticamente impossíveis.
Sua fama percorreu longas distâncias,
até ganhar notoriedade e prestígio em toda floresta e até do Peru e Colômbia,
países fronteiriços.
Em um determinado dia, com sol
no centro do céu, calor tropical escaldante de 40º C, no meio da floresta
amazônica, o SÁBIO descansava deitado à sombra de uma frondosa árvore, ouvindo
o gorjear dos pássaros, e o borbulhar das águas de uma cascata ao cair de um
penhasco ao lado, quando de súbito surgiu um “curumim”, um filhote de índio muito
jovem, ainda na primeira idade, criança, cheio de dúvidas e a cabeça encharcada de interrogações que queria saber por que o
Pajé se tornara tão “sábio” e tinha resposta para todas as perguntas?
O SÁBIO respondeu com uma pergunta, com
duas respostas:
— você já ouvira falar que dentro de todo
sábio existem duas serpentes que vivem em verdadeiro conflito, numa verdadeira guerra?
— a primeira, é uma cobra verde, a cobra
do bem, que fala somente a verdade, que não aceita suborno, que não recebe
propina e que não concorda em conviver com pessoas que matam e roubam.
O SÁBIO responde na ponta da língua.
— a segunda, é uma cobra vermelha, a cobra
do mal, que mente todas as vezes que fala, que se alimenta de propina e como
come ... e somente aceita em conviver em quadrilha, é aterrorizante e voraz.
O curumim ficou aterrorizado com as
respostas do Pajé e meio atordoado e atônito questionou: qual a cobra que deve
se tornar a vencedora?
O Curumim quer tirar suas dúvidas.
Quando o SÁBIO retrucou na ponta da
língua:
— será aquela que você alimentar.
— se você gostar da mentira e da roubalheira,
alimenta a cobra vermelha.
— se você gostar da verdade, da seriedade e da honestidade, alimenta a cobra verde, até porque, também, a verde é a cor do
bem, da vitória e do campeão Palmeiras.
CONCLUSÃO:
A escolha da serpente é uma questão de
caráter e de nacionalidade. Cada um alimenta a serpente que tem afinidade e que
o convém.
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ESPINHA NA GARGANTA
Tenham todos um bom dia.
Antônio
de Almeida Sobrinho tem Graduação em Engenharia de Pesca, UFC, com
Pós-Graduação (Lato sensu) em Tecnologia do Pescado FAO/UFRPE; Pós-Graduação
(Lato sensu) em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira – UNIR/CREA-RO;
Pós-Graduação (Lato sensu) em Docência do Ensino Superior – UCAM/PROMINAS;
Pós-Graduação (Stricto sensu), em nível de Mestrado, em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente – UNIR; Presidente de Honra da Academia de Letras de
Jaguaruana – A. L. J. e escreve periodicamente nos seguintes Portais de
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