O Cálice de vinho está servido.
Quem
fará jus?
Não se deve esquecer a máxima popular que devido ao uso por
parte da população já se tornara adágio popular: “o político que trai o seu
companheiro mais cedo ou mais tarde também trairá o seu eleitor”.
O então governador Confúcio Moura se licenciou do Governo de Rondônia,
conforme exige a Constituição do Estado de Rondônia, para se tornar
pré-candidato e concorrer a uma das vagas ao Senado da República, conforme
entendimento com os caciques do MDB – leia-se presidente da legenda, Tomás
Correia e o Senador Valdir Raupp — e na hora H a executiva estadual trincou os
dentes e não mais concordava em homologar a candidatura de Confúcio Moura.
E, agora José? Aí são nestas horas que um homem pacifista e pacificador se transforma num leão
sanguinário e vira bicho e se transforma num lobisomem. E foi o que fez os fies
seguidores e escudeiros do ex-governador Confúcio Moura.
POR QUE esta mudança da executiva do MDB em não mais apoiar
a pré-candidatura do ex-governador Confúcio Moura?
RESPOSTA: Diante da estatura de diversos pré-candidatos ao
Senado da República, em diversos partidos de oposição, a executiva estadual
visualizou e entendeu que o MDB não elegeria os seus dois pretensos
pré-candidatos (Raupp + Confúcio) e como o Senador Valdir Raupp detém a
liderança sobre a maioria dos delegados do MDB:
prevaleceu até à convenção a máxima do provérbio popular – “Farinha
pouca, meu pirão primeiro”.
TAPA NA CARA: A Convenção do MDB neste dia 28 de julho,
realizada na Sede do MDB, se tornou uma verdadeira arena de guerra, desde
simples discursões, disse-me-disse, empurrões, socos e pontapés, culminando
com um tapa na cara sofrido por Emerson Castro, fruto do descontrole emocional
do presidente do partido, suplente de Senador Tomás Correia.
CONFÚCIO MOURA: Todos que
conhecem o ex-governador Confúcio Moura e admira suas qualidades — quer como
ser humano, quer como gestor público, o que mais cativam as pessoas são sem
dúvida: sua humildade espontânea e seu nível de tolerância quando o assunto é
lidar com a criatura humana. Você vê sempre um homem cauteloso, afável,
educado, com frases curtas, quase próximo ao laconismo, não se irrita com pouca
coisa e tem duas virtudes que poucas criaturas humanas dispõem, ao mesmo tempo:
não desqualifica o companheiro e o adversário e sua capacidade de perdoar o
desafeto no momento de alta pressão é capaz de impressionar os estudiosos em
parapsicologia humana. Apesar de nunca ter participado de seu governo, pelo
contrário, até ter saído do Estado por razões que não convém mencionar,
retornando após a sua renúncia para complementar nossas atividades que ainda
não foram concluídas.
Por um lado parece
paradoxal, porém é desta maneira que vejo o cidadão Confúcio Moura, e, portanto,
não sou suspeito ao falar sobre as qualidades de Confúcio Moura, visto no
prisma político, de gestor público e de
ser humano — com muitas qualidades em um ser humano, incompatíveis com o
massacre que sofrera neste período e nestas
poucas horas da Convenção do MDB, neste 28 de julho, em Porto Velho, na cidade
de Porto Velho, capital do estado de Rondônia.
Para ilustrar o resultado da convenção do MDB, no estado de Rondônia, ocorrido neste 28 de julho de 2018, eu vou parafrasear uma Fábula do Khalil Gibran, para maior compreensão de nossos leitores:
Numa
cidade muito distante, cujo nome poucos sabiam pronunciar, governada por um
político muito poderoso e sábio, muito respeitado por seus súditos e temido por
seus desafetos. Não perdia uma disputa e seu nome era sempre a cabeça da chapa.
Era tiro e queda. Era se candidatar e ver o resultado positivo.
A cidade
era abastecida por um único poço d’água. Sem nenhuma exceção, quando o chafariz
jorrava água doce e cristalina, durante 24 horas, do dia e da noite.
De
repente surge na cidade uma boataria de que na calada da noite aparecera uma
velhinha feiticeira que gostaria em ter seu nome na placa da fama e decidiu pôr
7 gotas de um líquido misterioso no poço de água para que todos que tomassem
daquela água se tornasse, de imediato, em estado de loucura — e ficar louco
varrido, de jogar pedra na lua e, neste estágio de loucura, todos teriam a
sensação de que o errado passaria a se tornar o certo.
Para
desespero da velha feiticeira, somente o político famoso e seu assistente não
beberam daquela água, a história vazou, e toda a comunidade fora acometida de
uma loucura instantânea e para maior espanto todos se conscientizaram que o
político e seu assistente estavam doentes, enquanto toda a comunidade estava
lúcida — é aquele fenômeno do comportamento coletivo que o inconsciente se
parece consciente.
Para não
se parecer louco na ótica de seus súditos, o político e seu assistente que
ainda não houvera tomado da água que a
feiticeira colocara as sete gotas do produto misterioso, o político e seu
assistente pediram para tomar um cálice cada, do líquido de tal água para ficar
equilibrado com o pensamento de seus súditos loucos.
No caso
da Convenção do MDB de Rondônia, um fato
pitoresco ocorreu assemelhando-se à
loucura da água envenenada:
ANTES DA CONVENÇÃO: Senador
Valdir Raupp e seus seguidores apostavam
todas as suas fichas como o cobertor que abriga do frio do MDB serveria apenas para um candidato ao Senado
da República, com a justificativa de que os demais candidatos de oposição fariam,
com certeza, um outro candidato ao Senado.
APÓS A CONVENÇÃO: Com os
ânimos recuperados e passados aqueles momentos de guerra e de discursões
acirradas, o pensamento da cúpula do MDB mudou e aqueles votos que iriam escoar
pelo canal para candidatos de oposição irão agora ser pulverizados e cor
certeza poderão se diluir para um grande número de candidatos e, na verdade,
somente serão eleitos os dois candidatos ao Senado que tiverem os maiores
números de votos.
Da mesma
forma que a história da velha feiticeira nunca
existira — na verdade fora simplesmente para ilustrar a fábula da água envenenada,
como a contagem de votos, para mais ou para menos, tanto de Valdir Raupp,
quanto de Confúcio Moura que se assemelha à fábula aqui mostrada. Se os dois
estiverem unidos e trabalharem com seriedade, cada um pedindo votos cada qual para
ambos, os dois têm grandes possibilidades em saírem das urnas eletrônicas
vitoriosos. Caso contrário, poderão
amargar o sabor da derrota, tomarem cada um o CÁLICE
da água do poço com as 7 gotas do veneno que a velha feiticeira o envenenara e
morrerem abraços e cantando a erudita música do Chico Buarque:
Pai! Afasta de mim este cálice!
Pai! Afasta de mim este cálice!
Pai! Afasta de mim este cálice!
PENSAMENTO DA SEMANA
Quando você levantar o braço para
bater em seu filho, ainda com o braço no ar, pense se não seria mais educativo
se você descesse esse braço de forma a acariciá-lo, em vez de machucá-lo.
Khalil Gibran
Antônio De Almeida Sobrinho escreve semanalmente
nos seguintes Portais e veículos de comunicação:
BLOGSPOT ESPINHA NA GARGANTA.
Facebook Antônio de Almeida Sobrinho
Presidente do Conselho de Honra da Academia de
Letras de Jaguaruana – ALJ.